quarta-feira, 27 de julho de 2011

Ponte do Fundão

Novo cartão postal do Rio de Janeiro ancora 15 estais em pilone único e é financiado com recursos oriundos de multas da Petrobras convertidas em repasses de verba

A ponte foi projetada pelo arquiteto Alexandre Chan, da PCE Projetos e Consultoria de Engenharia, o mesmo que projetou a ponte sobre o lago Paranoá, no Distrito Federal, considerada em termos técnicos não uma ponte estaiada, mas uma ponte de arcos com cabos, embora também possua estais. A luminotécnica ficou a cargo de Peter Gasper − iluminador nascido na Alemanha que fincou carreira no Brasil projetando as luzes de obras grandiosas como o Sambódramo (RJ), a Catedral de Brasília, a Praça dos Três Poderes (DF), o Museu de Arte Contemporânea de Niterói (RJ), todas obras de Oscar Niemeyer, a barragem de Itaipu e a recente iluminação do Cristo Redentor (RJ). O cálculo estrutural foi feito pela V. Garambone Engenharia e a obra está sendo executada pela Construtora Queiroz Galvão.

A ponte possui pilone único, construído em concreto armado, que ancora 15 estais metálicos em plano central único, dispostos em formato leque-harpa e apoiando tabuleiro em progressão longitudinal de caixas de concreto armado visando à construção por balanços sucessivos, contrabalançados por três pares de estais traseiros em dois planos. A opção pela ponte estaiada e pelo apoio único se deu pelas condições do solo, que tem partes aterradas nas duas margens, sendo o solo do continente desprovido de terreno seco disponível. A solução foi localizar o apoio único na Ilha do Fundão.

Moldagem do pilone único, projetado por Alexandre Chan, exigiu uso de fôrmas trepantes
As obras da ponte começaram em julho de 2010 e têm previsão de término em outubro de 2011. Na segunda semana de junho, o quarto estai foi colocado, faltando 11 para a conclusão da obra. De dez em dez dias um estai é colocado. "O sistema estaiado tem caído no gosto não só pela beleza, mas porque permite a construção progressiva das lajes, o que facilita a construção", opina o arquiteto Alexandre Chan.

A altura do pilone único é de 95,5 m a partir do bloco de fundação até o mastro do para-raios e sinalização de navegação aérea. Seu formato é compacto, evitando as soluções em A ou Y invertido, retratando os esforços estruturais principais provenientes dos estais. A área do bloco principal de fundação é de 360 m². Não há pilares de apoio nas águas do canal, opção feita em nome do meio ambiente e da proteção dos manguezais existentes na região.

O tabuleiro básico da ponte é formado por duas pistas separadas pelo plano único de estais, de mesmo sentido de trânsito, e largura livre de 4,5 m cada. Segundo Chan, as pistas são maiores do que as tradicionais, de cerca de 3,5 m de largura, para dar mais conforto aos motoristas. Não há passeios para pedestres ou vias para bicicletas. O tabuleiro é construído em concreto armado aparente, em lajes modulares em formato usual de caixas para serem montadas em balanços sucessivos, com perfil ascendente da ilha para o continente.

O vão de travessia do canal sustentado por estais é de 172 m. O comprimento total da ponte é de 780 m. A área total da obra, incluindo a rótula de acesso, é de 11.550 m². Há 70 estacas em blocos de fundação no pilone e 27 estacas em cada um dos dois blocos traseiros.

O percurso da ponte começa em uma rótula que conjuga a avenida Pedro Calmon e outras vias internas da Ilha do Fundão, prossegue em mão única permitindo troca de faixa até o interior da ponte, onde não há opção para troca de faixa. Esta condição é recuperada após o último estai, já no continente. Deste ponto, as duas faixas prosseguem em curva até sua conversão em uma única em acomodação com a Linha Vermelha, sentido Centro da cidade e zona Sul.
Mapa mostra ligação do Sul da Cidade Universitária, pela avenida Pedro Calmon, à Linha Vermelha, na direção do Centro da cidade
O curto percurso e a busca da simplificação no projeto estrutural levaram à opção pela bifurcação da pista junto ao pilone, diminuindo a velocidade de acesso e obrigando à escolha prévia das faixas, sem opção de desvio no interior da ponte, dividida pelo plano de estais.

A altura livre mínima para navegação, no início da ponte, é de 9,9 m, o que permite a passagem de embarcações de pequeno porte. Segundo o arquiteto, não houve exigências quanto à altura para navegação, por isso o desenho do tabuleiro é quase reto.

A opção pelo concreto armado foi um diálogo entre o arquiteto e a construtora. Embora o arquiteto preferisse o aço, o concreto foi escolhido para facilitar a execução da obra e o cumprimento dos prazos. O aço só seria essencial no caso de uma estrutura muito pesada − o que não é o caso de uma ponte de apenas duas faixas e sem passagem de pedestres − ou se houvesse estruturas muito finas, como um pilone mais fino. O cimento utilizado é em cor clara e não será pintado.

Para a construção das pistas, foi feita uma modulação do terreno na região do pilone. Em cima disso, será feito um paisagismo com palmeiras imperiais, arbustos e flores brancas. Na avenida e nos canteiros não haverá projeto de iluminação, que ficará restrita ao vão estaiado.

O paisagismo também é um projeto de Alexandre Chan. Além das áreas de acesso à ponte, o projeto inclui o paisagismo das duas áreas onde serão despejados o material contaminado resultante da dragagem. As áreas com paisagismos não são prioritariamente destinadas a passeio. Haverá espaço para caminhadas, mas não para bicicletas, por exemplo, porque o terreno com o material contaminado não suporta. Por isso também não haverá iluminação nos jardins.

No projeto paisagístico, há também um repuxo de 20 m de altura, que já está pronto, situado no canal, próximo à ponte. Ambos, na opinião do arquiteto, são o símbolo da revitalização ambiental da Ilha do Fundão. "O repuxo, por exemplo, faz parte do projeto paisagístico e é um símbolo do projeto, já que as águas estão mais purificadas. Podemos ver uma água do próprio canal, saindo pelo repuxo, agora com aspecto muito mais limpo", diz.


FONTE: http://www.infraestruturaurbana.com.br

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Três operários morrem após queda de barranco em Brasília

Três operários que trabalhavam em uma obra no Hospital Universitário de Brasília (HUB), localizada na Superquadra 405 da Asa Norte, morreram soterrados após a queda de barranco próximo ao local. Os operários trabalhavam em uma galeria de esgoto a seis metros de profundidade do solo.

Segundo os bombeiros, a equipe agora realiza um trabalho de escoramento, a fim de garantir que não ocorram novos deslizamentos durante a retirada dos corpos. De acordo com a assessoria do hospital, o acidente aconteceu enquanto os homens mexiam na tubulação em um buraco, por volta das 11 horas. Pelo menos seis funcionários trabalhavam na obra.

O Corpo de Bombeiros identificou como soterrados os operários Raimundo José da Silva, 24 anos, Lorival Leite de Moraes e Nelson Rodrigues, 34 anos. Os familiares das vítimas foram ao local, onde foram atendidos por dois psicólogos, um psiquatra e um assistente social. Segundo o major Mario Sergio de Oliveira, da comunicação do Corpo de Bombeiros, o primeiro corpo resgatado estava, aparentemente, sem os equipamentos de segurança adequados, mas isso deverá ser confirmado por perícia técnica.

Segundo informações da Polícia Militar, o acidente ocorreu às 11h15 e há suspeita de que outros três homens possam estar sob os escombros. O local seria um novo prédio para atender o setor de pediatria do HUB, onde funcionará o Instituto da Criança e do Adolescente (ICA). A obra começou há cinco anos e foi retomada há cinco meses, segundo o vice-reitor.

Quarenta profissionais, dez viaturas do Corpo de Bombeiros, além de veículos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), foram deslocadas para atender as vítimas. Segundo o Corpo de Bombeiros, neste ano, sem considerar o evento de hoje, já foram contados seis acidentes em obras em Brasília, que resultaram em cinco mortes.

Denúncias de irregularidades

Segundo João Barbosa, primeiro-secretário do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil do Distrito Federal, a obra tem várias irregularidades e denúncias já foram feitas.

Barbosa diz que várias irregularidades foram apresentadas formalmente ao Ministério do Trabalho em maio e junho.

FONTE: http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil

terça-feira, 19 de julho de 2011

Edificando um futuro melhor

Construtoras investem para o mundo não pagar caro depois. Setor quer se livrar da pecha de poluidor com medidas inteligentes, como economia de energia, de água e reciclagem de resíduos


No dia 5 de Junho, foi celebrado o Dia Mundial do Meio Ambiente. Uma das maiores preocupações do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) é a redução de resíduos da construção civil, considerada um dos maiores poluidores do planeta. Muitas empresas já trabalham com programas que minimizam ao máximo os impactos sobre a natureza, economizando água, energia e reciclando todos os materiais possíveis.

Esses programas têm como objetivo principal planejar, gerenciar e executar ações que minimizem os resíduos gerados durante todas as etapas do processo de construção. É a gestão do meio ambiente, aliada com a preservação ambiental, a responsabilidade social e o compromisso em atender às leis que regem o setor.

A EBM Incorporações participa de comitês que tratam de diversos assuntos relacionados à preservação ambiental. “Falamos sobre destinação correta dos resíduos e tentamos enviá-los limpos para o aterro. As caçambas são separadas por classe. As maiores preocupações são com resíduos classe A. São restos de tijolo, demolição, cerâmica e sacos de papel que acabam sendo aproveitados prioritariamente em aterros. As madeiras, por exemplo, são reutilizadas na própria construção”, afirma Karla Almeida, coordenadora de Segurança, Meio ambiente e Saúde da EBM.

Os resíduos de madeira produzidos pelos empreendimentos geridos pela incorporadora não aproveitados nas obras são direcionados a parceiros cadastrados que reutilizam esse material florestal na alimentação de caldeiras em indústrias. Todo o ciclo da madeira é auditado desde a entrada do insumo na empresa até sua saída como resíduo. Com o sistema de cadeia de custódia, a empresa pode rastrear o produto comprado desde o plantio, passando pelo transporte até seu descarte final.

A classificação dos resíduos de obra e o descarte de caliça e entulho nas caçambas são feitos de acordo com as normas dos órgãos ambientais (Ministério do Meio Ambiente e Ibama), atendendo, ainda, à normativa de referência Conama 307/2002. Todos os transportadores de resíduos são devidamente licenciados nos órgãos de competência e atendem às diretrizes dos órgãos locais e da própria EBM.

Outra empresa preocupada com a questão ambiental é a PaulOOctavio Investimentos Imobiliários. Há mais de 15 anos a empresa iniciou a produção de blocos de concreto, uma opção para evitar a falta do componente e reutilizar as sobras de cimento e argamassa no canteiro de obras. Hoje a empresa fabrica mais de 15 mil unidades de tijolos garantidos pela certificação ISO 9001.

Soluções de sustentabilidade
A Caenge Ambiental, especializada em serviços de engenharia, prioriza a adoção de soluções de sustentabilidade nos projetos de que participa. No DF a empresa executa um projeto-piloto nos canteiros utilizando um sistema de reciclagem móvel de entulho. O objetivo é desenvolver um modelo de gerenciamento socioambiental de resíduos da construção e demolição. São feitos a triagem e o beneficiamento desses resíduos e a sua reinserção no ciclo produtivo.

A ideia é que, no futuro, o projeto possa representar uma experiência concreta para estimular e potencializar os resultados da política de gestão de resíduos da construção civil a ser adotada pelo GDF. Assim, foi criada a Planta Móvel de Triagem (PMT), equipamento desenvolvido a partir da montagem de uma esteira transportadora em um trailer móvel. Permite separar os resíduos recicláveis classificados como classe A. São considerados desta categoria resíduos de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras obras de infraestrutura e edificações.


FONTE: http://comunidade.maiscomunidade.com

Processo Construtivo de Pontes por Deslocamentos Sucessivos

O método de construção de pontes por deslocamentos sucessivos é utilizado na construção de tabuleiros de pontes de betão de médio vão (ordem dos 35 a 45 metros), e apesar de ter sido pouco aplicado em Portugal, é, a nível europeu, dos mais competitivos. A grande maioria das pontes rodoviárias e ferroviárias, no domínio de vãos referido, é executada por este método. A sua utilização tem sido fundamentalmente restringida, por limitações do próprio método, às pontes de directriz recta ou raio de curvatura constante em planta e a tabuleiros de altura constante. No entanto têm ocorrido aplicações deste método em pontes de betão com singularidades muito específicas. No domínio das pontes de betão, a utilização do método dos deslocamentos sucessivos encontra a sua maior desvantagem no sobre-consumo de aço em pré-esforço e eventualmente em armaduras ordinárias, devido à variação de esforços a que uma mesma secção fica sujeita durante o processo de ripagem longitudinal. A relação custo de materiais/custo de mão de obra, é o factor mais importante para a pouca utilização do método, até hoje, em Portugal.
Quando o método dos deslocamentos sucessivos é usado, as vantagens da pré-fabricação e moldagem do botão in-situ são combinadas. A área de fabricação é fixa e muitas vezes coberta de modo a tomá-la independente do tempo, e as distâncias de transporte são muito curtas. Esta concentração de equipamento permite quase as condições existentes em fábrica na fabricação do betão, obtendo-se deste modo um betão de alta qualidade.
A área de fabricação inclui o equipamento de cofragem do tabuleiro, a central de mistura do betão, uma grua montada sobre carris, áreas de armazenamento do aço corrente e de pré-esforço e o equipamento de empurrão. Se os tendões de pré-esforço São realizados in-situ, o espaço para a sua montagem é também necessário. O equipamento de empurrão no encontro e os apoios temporários nos pilares e na área de fabricação, devem ser acessíveis para as operações de empurrão. Para secções transversais da estrutura em caixão, a construção é levada a cabo em duas fases: na parte de trás da área de fabricação a laje inferior é betonada, enquanto as almas e a laje do tabuleiro são betonadas na parte da frente. Consequentemente existem duas unidades de cofragem. A cofragem de trás, onde a precisão é de especial importância de tal modo que a superfície de deslizamento deve estar limpa e a direcção de lançamento cuidadosamente mantida, consiste na parte inferior da cofragem e em formas laterais cada uma com cerca de 0.5 m de altura. Deve ser possível baixar essas formas, de modo a eliminar atrito adicional durante a fase de empurrão. A laje inferior em cada caso é betonada no ciclo precedente, de tal modo que na segunda fase pode suportar a cofragem interior e parte do peso do betão da laje do tabuleiro. A cofragem interior é desmontável e móvel, podendo ser reinstalada com um mínimo de custos após cada ciclo. As duas formas exteriores da parte da frente, estão fixas e podem ser baixadas hidraulicamente.
Quando o método dos deslocamentos sucessivos é usado, as vantagens da pré-fabricação e moldagem do botão in-situ são combinadas. A área de fabricação é fixa e muitas vezes coberta de modo a tomá-la independente do tempo, e as distâncias de transporte são muito curtas. Esta concentração de equipamento permite quase as condições existentes em fábrica na fabricação do betão, obtendo-se deste modo um betão de alta qualidade. A área de fabricação inclui o equipamento de cofragem do tabuleiro, a central de mistura do betão, uma grua montada sobre carris, áreas de armazenamento do aço corrente e de pré-esforço e o equipamento de empurrão. Se os tendões de pré-esforço São realizados in-situ, o espaço para a sua montagem é também necessário. O equipamento de empurrão no encontro e os apoios temporários nos pilares e na área de fabricação, devem ser acessíveis para as operações de empurrão. Para secções transversais da estrutura em caixão, a construção é levada a cabo em duas fases: na parte de trás da área de fabricação a laje inferior é betonada, enquanto as almas e a laje do tabuleiro são betonadas na parte da frente. Consequentemente existem duas unidades de cofragem. A cofragem de trás, onde a precisão é de especial importância de tal modo que a superfície de deslizamento deve estar limpa e a direcção de lançamento cuidadosamente mantida, consiste na parte inferior da cofragem e em formas laterais cada uma com cerca de 0.5 m de altura. Deve ser possível baixar essas formas, de modo a eliminar atrito adicional durante a fase de empurrão. A laje inferior em cada caso é betonada no ciclo precedente, de tal modo que na segunda fase pode suportar a cofragem interior e parte do peso do betão da laje do tabuleiro. A cofragem interior é desmontável e móvel, podendo ser reinstalada com um mínimo de custos após cada ciclo. As duas formas exteriores da parte da frente, estão fixas e podem ser baixadas hidraulicamente.

A construção da super-estrutura usando uma secção em duplo T, necessita naturalmente de uma única cofragem, na qual ambas as cofragens interna e externa estão em posição fixa e podem ser rebaixadas hidraulicamente para fora e para dentro respectivamente. Toda a cofragem é de aço se o número de ciclos for suficientemente alto (cerca de 25), caso contrário poderá ser, por exemplo, de madeira revestida a plástico. Uma vantagem particular do método dos deslocamentos sucessivos é que as suas operações separadas ocorrem em ciclos regulares, de tal modo que mesmo com uma equipa relativamente inexperiente é possível obter um resultado de alta qualidade e com boas performances. Através de um treino de equipa (geralmente constituída por 15 pessoas) e como resultado do alto grau de mecanização uma alta taxa de progresso pode ser esperada.
No método dos deslocamentos sucessivos o ritmo de trabalho está orientado para a construção de uma unidade por semana.
O comprimento de um incremento depende também das considerações de projecto e custo. Do ponto de vista do projecto é desejável que as juntas de construção se situem nas secções de baixa tensão, isto é, próximo dos pontos de momento nulo. Isto significa contudo, que os diafragmas sobre os pilares sejam instalados mais tarde. Se se pretende evitar que tal ocorra, a subdivisão das unidades deve ser feita de tal modo que cada diafragma esteja localizado na frente do elemento a ser betonado, não esquecendo no entanto, que estas juntas deverão estar localizadas nas Secções transversais menos esforçadas.
Para usar o efeito de repetição com a máxima vantagem, um número inteiro de incrementos deve completar um vão, o comprimento de uma unidade é finalmente influenciado também pelo custo, uma vez que os custos totais de cofragem e empurrão devem ser mínimos.
A satisfação de todas estas condições resulta muitas vezes num comprimento de cada unidade igual a meio vão; dependendo do tamanho da secção transversal e do comprimento do vão, pode ser necessário escolher um incremento menor que este (por exemplo 1/3 ou 1/4 do vão).
No caso normal, o comprimento de um incremento vai de 15 a 25 m.

Autor: Francisco José Pires Morgado Bernardo

FONTE:http://www.engenhariacivil.com/processo-construtivo-pontes-deslocamentos-sucessivos

Encurvadura da Estrutura de um Edifício

A verificação da segurança das estruturas em relação ao estado limite último de encurvadura, deve ser efectuado tendo em consideração as não linearidades físicas e geométricas do comportamento da estrutura, sendo no entanto possível adoptar critérios simplificados no caso de estruturas de edifícios correntes.
O objectivo da análise da estrutura de um edifício, é o de lhe assegurar funcionalidade sob condições normais e segurança em relação à ruína sob condições extremas. Neste propósito, o estudo da estrutura pode ser feito através da determinação dos esforços resultantes das acções actuantes, num sistema indeformado, correspondendo esta análise ao que se designa por teoria de 1ª ordem. Na tendência actual, do emprego de betão e aços de alta resistência e ainda de uma maior efectiva utilização destes materiais, é possível estabelecer concepções estruturais de betão armado mais esbeltas, para as quais, pequenos incrementos de carga, podem induzir grandes incrementos de deformação. Assim, nestas estruturas é necessário efectuar o cálculo dos esforços, tendo em consideração os efeitos da própria deformação da estrutura, isto é, estabelecer uma análise através da teoria de 2ª ordem.
Nas estruturas de betão armado, os métodos clássicos de análise de estabilidade, estabelecidos pela teoria de 2ª ordem para materiais com comportamento elástico perfeito, obedecendo assim à lei de Hooke, não podem ser utilizados, sem que lhes sejam feitas importantes modificações. Devem nestas estruturas, ser considerados os efeitos relativos ao comportamento real dos materiais constituintes do betão armado, sendo então necessário estabelecer um modelo que traduza:
A não linearidade geométrica ­ efeitos de 2ª ordem;
A não linearidade material, devendo-se de uma forma geral considerar os efeitos da fluência do betão, fendilhação, retracção e deformações plásticas.
A análise de 2ª ordem em regime elástico perfeito, através da inclusão da matriz geométrica global do sistema, permite obter a configuração de equilíbrio por um processo iterativo. Esta análise é integrada no carregamento progressivo da estrutura, efectuando-se a redefinição das características de rigidez dos elementos para cada situação de carga e com estas, repetida a análise elástica de 2ª ordem. Estes modelos revelam no entanto custos elevados em aplicações práticas de projecto, devido ao grande número de variáveis que envolvem e ao elevado volume de operações que efectuam, tornando-se assim conveniente utilizar métodos aproximados que permitam efectuar a análise da instabilidade em estruturas de edifícios correntes.
Nas estruturas de edifícios correntes o problema pode ser reduzido à verificação da segurança em relação à encurvadura dos pilares analisados isoladamente, desde que não seja previsível a instabilidade de conjunto. Nesta análise, é fundamental a classificação da estrutura quanto ao grau de mobilidade dos nós, porquanto neste processo simplificado, os efeitos de 2ª ordem são quantificados em função do comprimento efectivo de encurvadura de cada pilar, sendo este definido pela distância entre pontos de inflexão da deformada da estrutura na situação de instabilidade. A configuração desta deformada depende naturalmente do grau de mobilidade dos nós da estrutura.
A partir da classificação das estruturas quanto à mobilidade dos seus nós, é possível adoptar critérios simplificados para a determinação do comprimento efectivo de encurvadura dos pilares nas situações correntes. Estes critérios, estabelecidos a partir de uma configuração típica da deformada na situação de instabilidade, permitem efectuar a verificação da segurança em relação à encurvadura, pela análise isolada dos pilares da estrutura.
A classificação de uma estrutura quanto ao seu grau de mobilidade, estruturas de nós fixos ou estruturas de nós móveis, é fundamental na análise de encurvadura de um edifício. Esta classificação, permitindo tipificar a configuração da deformada da estrutura na situação de instabilidade, possibilita a adopção de critérios simplificados na quantificação dos efeitos de 2ª ordem. De facto, diversa regulamentação europeia estabelece estes critérios distintamente para estruturas de nós fixos e estruturas de nós móveis.

Autor: Nelson Saraiva Vila Pouca
Excerto Adaptado
Imagens: World Housing, Dallas State University.

FONTE: http://www.engenhariacivil.com/encurvadura-estrutura-edificio

Análise Sísmica de Estruturas em Engenharia Civil

A acção dos sismos pelas terríveis consequências que podem infligir, tanto em termos humanos como materiais, em áreas densamente povoadas, continuam a ser, de longe, as solicitações dinâmicas com maior relevo na análise estrutural. Um dos aspectos mais importantes e que permite de algum modo distinguir estas acções das restantes, assenta no facto de serem de muito difícil, senão impossível, previsão. O seu efeito devastador pode, no entanto, ser atenuado através de uma análise cuidada do comportamento das estruturas quer in situ, depois de terem sido submetidas a uma acção sísmica real, permitindo, por exemplo, a detecção de falhas nos processos construtivos, quer por modelação numérica. Neste caso, procura-se simular o mesmo acontecimento aplicando ao modelo um movimento tão próximo da realidade quanto possível.
Hoje em dia os meios informáticos que se encontram à disposição de investigadores e projectistas são cada vez mais sofisticados, permitindo que modelos cada vez mais eficientes intervenham na análise deste tipo de problemas. Os elementos finitos ao permitir simular, com rigor, uma grande variedade de fenómenos físicos e leis de comportamento nas mais diversas áreas da engenharia, são neste campo uma das ferramentas mais poderosas e versáteis aplicadas à modelação numérica de sistemas estruturais.
Neste contexto a acção dos sismos assume um papel primordial na análise do comportamento dinâmico das estruturas, revelando uma importância acrescida, em particular, quando estas estruturas apresentem grandes dimensões no espaço ou se encontrem em contacto com domínios fluidos. Por outro lado, e dado que estas acções se propagam através do maciço de fundação divergindo para todos os meios que directa ou indirectamente com ele contactam, na simulação numérica do sistema estrutural deve dedicar-se especial atenção a este factor, permitindo-se que os diversos meios intervenientes possam interactuar entre si de acordo com a realidade.
No entanto, existem meios que não podem ser integralmente representados por estes modelos, meios que apresentam uma geometria tal que uma ou várias das suas dimensões assumem valores desproporcionadamente grandes em relação às restantes, como é o caso das fundações e das albufeiras das barragens, havendo necessidade de restringir o seu volume de influência a limites considerados razoáveis através da imposição de fronteiras fictícias. Ao funcionarem como elementos puramente reflectores estas barreiras impedem a normal propagação das acções perturbando o comportamento dos modelos estruturais que se encontram nestas condições. Este assunto foi abordado por diversos investigadores nesta área donde resultaram algoritmos que permitem a simulação, na grande maioria dos casos aproximada, de situações deste tipo, nomeadamente através da implementação de amortecedores de características especiais sobre o contorno externo fictício do sistema.
Escolhido o modelo que melhor se ajusta a cada situação, o passo seguinte consiste na definição do movimento actuante correspondente ao sismo que se entenda melhor adaptar à zona e ao terreno onde a estrutura se encontra fundada. Esta acção, por natureza aleatória, está sujeita a um tratamento estatístico onde intervêm factores como a história sísmica da região, através, por exemplo, da probabilidade de ocorrência de um sismo com determinada magnitude e distância focal, e as características geológicas do terreno de fundação.
O resultado deste tratamento permite definir, por intermédio das curvas de densidade espectral de potência, as características daquele que em termos regulamentares se designa por sismo de cálculo, ou seja, o mais devastador para um determinado período de retorno. Na práticas e quando se trabalha com algoritmos de integração da equação geral do movimento, não são os valores associados às curvas de densidade que interessa considerar mas sim os diagramas de variação da aceleração no tempo que é possível construir com base nesses valores. No entanto, em muitos casos os valores que são adoptados correspondem não ao resultado deste tratamento estatístico mas a registos sísmicos observados in situ.
Definido o movimento sísmico, a sua implementação no modelo estrutural deve ser tal que intervenha nos pontos para os quais estes valores foram gerados ou registados, na grande maioria dos casos pontos sobre a crosta terrestre, de modo a que haja o máximo rigor na simulação da situação real. A abordagem que é habitual adoptar e que consiste na aplicação do movimento na base do maciço de fundação, só é válida no caso dele se identificar com valores registados em profundidade, dado que só assim os resultados que daí advém são dignos de confiança. No entanto, existem algoritmos que permitem considerar, com toda a generalidade e rigor teórico, a intervenção do movimento observado à superfície do solo a vibrar sem a estrutura, permitindo, inclusivamente, a consideração do factor variabilidade espacial da acção no comportamento das estruturas.
Todos os factores que se procurou evidenciar nesta apresentação sumária devem ser tidos em consideração em qualquer estudo dinâmico que se pretenda realizar, devendo caso a caso ponderar-se sobre a sua importância relativa.
As estruturas de um modo geral não se encontram isoladas no espaço mas ligadas a outros meios exteriores que as envolvem e que com elas interactuam. Em muitas situações em que se pretende estudar o seu comportamento, o efeito desta interacção revela-se extremamente importante, devendo procurar-se que o modelo estrutural adoptado inclua na sua formulação, para além do elemento a analisar, todo o meio envolvente, nomeadamente o solo de fundação que lhe serve de apoio e a possível presença de meios fluidos na sua vizinhança.
Estes meios exteriores podem ser representados simplificadamente por molas, amortecedores ou massas adicionais criteriosamente dispostas ao longo da estrutura, ou ainda através de métodos mais elaborados de modelação discreta como é, por exemplo, o caso dos elementos finitos. Esta segunda via tem entre outras vantagens a de permitir simular com rigor uma maior variedade de situações.
Apesar disso, existem meios que, dadas as particularidades da sua geometria, apresentam uma ou várias dimensões desproporcionadamente grandes em relação às restantes ou em relação à estrutura com a qual contactam, como é o caso dos maciços de fundação e das albufeiras das barragens, havendo necessidade de limitar O volume de influência do modelo a valores razoáveis através da imposição de fronteiras artificiais.
Estas limitações, embora não sejam particularmente importantes na análise do comportamento estático das estruturas, quando se consideram acções dinâmicas são necessárias algumas precauções. As estruturas ao vibrar transmitem a todos os meios que se encontrem na sua vizinhança energia sob a forma de ondas de tensão que, teoricamente e uma vez que apenas se consideram meios isotrópicos, se deveria propagar indefinidamente na mesma direcção e sentido. No entanto, a consideração das fronteiras convencionais no modelo, impede o escoamento das ondas para fora destes limites permitindo, ao funcionarem como elementos puramente reflectores, que, contrariamente ao pretendido, a energia retorne à estrutura influenciando o seu comportamento.
Este problema pode ser evitado se se considerar um volume para o meio envolvente suficientemente extenso de modo a que o próprio amortecimento do material seja capaz, por si só, de absorver as tensões impedindo que a sua acção se faça sentir novamente sobre a estrutura. Na maior parte dos casos esta não é, porém, a via mais eficiente, já que o problema pode assumir proporções impraticáveis ou envolver um esforço computacional exagerado. Este assunto tem merecido a atenção de muitos investigadores dedicados à dinâmica das estruturas e que têm procurado ultrapassar esta dificuldade simulando condições de fronteira especiais.
Para certos casos, existem algoritmos que possibilitam a obtenção da solução exacta, ou seja, que permitem simular o comportamento dinâmico do meio suposto infinito, ou de grandes dimensões, modelando apenas parte desse meio. No entanto, dadas as particularidades da sua formulação, estas fronteiras, designadas por consistentes, só podem ser implementadas em problemas pouco complexos e cuja análise se efectue no domínio da frequência.
Embora as acções dinâmicas que actuam nos sistemas estruturais resultem de mecanismos extremamente diversificados, tais como o vento, o ruído das máquinas, o movimento das pessoas, quando se trabalha no domínio da engenharia estrutural os sismos continuam a ser, de longe, a solicitação dinâmica mais importante pelas consequências catastróficas que podem infligir, sobretudo em áreas densamente povoadas.
Apesar dos mecanismos que estão na origem destas acções não serem completamente conhecidos sabe-se, no entanto, que estão directamente relacionados com o movimento das placas tectónicas sobre a crosta terrestre. Os maciços rochosos e os solos por influência, funcionam deste modo como o meio natural de transmissão destas acções aos restantes elementos que com eles contactam.
Assim, ao pretender analisar-se o comportamento de estruturas solicitadas por acções deste tipo, é importante que o modelo adoptado permita que os diversos meios intervenientes possam interactuar, tal como acontece em situações reais, devendo procurar simular-se com a maior exactidão possível não só a estrutura a analisar mas todo o meio que a rodeia e, acima de tudo, o modo como estes elementos se relacionam entre si. Para além deste aspecto, deve ainda considerar-se com bastante cuidado o modo como a acção deve ser introduzida no modelo global.
Ao solicitar um dado conjunto estrutural, seja por exemplo uma barragem fundada num maciço rochoso, por uma acção sísmica, coloca-se a questão importante de saber onde é que deve intervir, se na fronteira do maciço rochoso, se em todos os pontos do sistema ou apenas em alguns e, neste caso, em quais. Antes ainda de se responder a estas perguntas, lembra-se que estas acções, ao propagarem-se através do solo, transmitem-se à estrutura através dos pontos da superfície que lhes são comuns, neste caso a superfície de contacto entre a barragem e o maciço rochoso de fundação.


FONTE: http://www.engenhariacivil.com/analise-sismica-estruturas-engenharia-civil

terça-feira, 12 de julho de 2011

Vale recebe 1º megacargueiro construído na China


A Vale recebeu seu primeiro megacargueiro construído na China, iniciando uma frota sem precedentes para conectar a maior produtora de minério de ferro do mundo com o maior consumidor da commodity. A chegada do navio de 400 mil t, Vale China, deve exacerbar o problema de excesso de oferta da indústria de frete marítimo e pesar sobre tarifas.

Conheça o cargueiro

Murilo Ferreira viajou durante o fim de semana para a China, pela primeira vez como presidente-executivo da Vale, para participar da cerimônia de lançamento no estaleiro da China Rongsheng Heavy Industries, em Nantong. O Vale China é o segundo navio da classe Valemax, formada pelos maiores cargueiros do mundo, a ser entregue à companhia brasileira até agora neste ano.

A mineradora encomendou pelo menos 19 megacargueiros de minério de ferro e pode fretar até 35 até o final de 2013 em meio às expectativas de que a demanda chinesa pela commodity continuará a crescer. A China Rongsheng tem contrato para construir pelo menos 16 deles, com o restante a ser construído pelo estaleiro Daewoo Shipbuilding & Marine Engineering.

A chegada de cada Valemax pressiona o mercado mundial de fretes, que está em queda de mais de 15% desde o início do ano em meio ao excesso de oferta de navios. O primeiro navio da classe, chamado de Vale Brasil, foi concluído pela Daewoo em maio e entregou a primeira carga de minério de ferro para a Itália depois de ser redirecionado na China por motivos comerciais.

A Vale afirmou que espera que o Vale China tenha um porto no país asiático como primeiro destino. Os Valemax podem viajar a pelo menos dois portos na China: Dalian e Dongjiakou, em Qingdao, disseram autoridades chinesas.


FONTE:http//www.terra.com.br

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Engenheiro desenvolve tecnologia alternativa com garrafas PET

Um sistema de lajes nervuradas com garrafas PET foi desenvolvido no Laboratório de Material de Construção dos cursos de Engenharia Civil e Tecnologia da Construção Civil, da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), pelo professor doutor Francisco Carvalho de Arruda Coelho.
O projeto concorreu e ficou em segundo lugar no concurso nacional da Associação Brasileira das Indústrias de PET, na categoria reciclagem. Trata-se de um sistema inédito no mundo. No momento está em fase de execução a primeira experiência, com edificação de uma casa em Sobral.

“De acordo com pesquisas o emprego da garrafa PET como material de enchimento possibilita uma economia superior a 40% sobre o custo de lajes fabricadas com materiais convencionais como blocos cerâmicos”, explica Francisco Carvalho, chamando a atenção, ainda, para o emprego ecologicamente correto deste produto plástico que é jogado principalmente nas ruas.

Ele destaca que no Campus da Cidao, já existem protótipos de lajes nervuradas com garrafas PET. Ele coloca que as lajes nervuradas constituem-se numa evolução natural da laje maciça, o que permite o aumento econômico da espessura total das lajes, criando um padrão rítmico de arranjo, formando um sistema estrutural altamente eficiente, constituído por um conjunto de nervuras dispostas em uma ou duas direções, com espaçamentos regulares entre si. “Propiciam um alívio do peso próprio da estrutura e um aproveitamento mais eficiente do aço e do concreto. A essência da idéia de laje nervurada consiste na utilização de elementos pré-fabricados capazes de suportar o seu peso próprio e as cargas de construção, vencendo vãos delimitados pelas linhas de cimbramento, e no emprego de materiais leves de enchimento no que seria a maior parte da zona tracionada das lajes maciças”.

Francisco Carvalho enfatiza que o processo de fabricação de lajes nervuradas com o emprego de garrafas PET como elemento de enchimento não difere daquele em que se utilizam os materiais convencionais (blocos de cimento, cerâmicos ou Eps). “As vigotas são dispostas e espaçadas conforme projeto estrutural. As garrafas, então, são colocadas entre as nervuras. Segue-se a colocação da malha para controlar a eventual fissuração devido à retração do concreto e, por fim, é feita a concretagem da capa de compressão”. A esta colocação, o professor acrescenta a facilidade de execução, já que a garrafa não sofre nenhum processo de transformação, e a redução do peso total da laje como fatores importantes na hora de avaliar a eficiência deste processo com o objetivo de obter uma solução técnica e economicamente viável.

“As propriedades físicas das garrafas PET, sua capacidade para atender a diversas especificações técnicas, o forte potencial de crescimento da indústria nacional de PET, assim como a necessidade de reciclagem deste material são razões pelas quais deve ser incentivada a sua utilização como elemento componente na fabricação de lajes nervuradas”, concluiu Francisco Carvalho, enfatizando que o Laboratório de Material de Construção da UVA está desenvolvendo atualmente outras linhas de pesquisa, abrangendo a área de reciclagem de resíduos industriais da fábrica Grendene e entulhos de construções incorporando no cimento, com o objetivo de obter economia e melhorar a qualidade das estruturas no que diz respeito à durabilidade e resistência mecânica.



FONTE:Diário do Nordeste - CE

Aula prática de Topografia no Campus da UDF.

No dia 07 de Maio de 2011, os Alunos do 4º Semestre de Engenharia Civil, fizeram mais uma aula pratica de topografia no Campus Rezende R. de Rezende. Foram feitos cálculo de áreas e uma Poligonal enquadrada. Os equipamentos foram adquiridos no início deste ano pela UDF e serão utilizado nas aulas praticas de topografia.

Lajes Nervuradas

Uma laje nervurada é constituída por um conjunto de vigas que se cruzam, solidarizadas pela mesa. Esse elemento estrutural terá comportamento intermediário entre o de laje maciça e o de grelha.

Segundo a NBR 6118:2003, lajes nervuradas são "lajes moldadas no local ou com nervuras pré-moldadas, cuja zona de tração é constituída por nervuras entre as quais pode ser colocado material inerte."
As evoluções arquitetônicas, que forçaram o aumento dos vãos, e o alto custo das formas tornaram as lajes maciças desfavoráveis economicamente, na maioria dos casos. Surgem, como uma das alternativas, as lajes nervuradas.

Resultantes da eliminação do concreto abaixo da linha neutra, elas propiciam uma redução no peso próprio e um melhor aproveitamento do aço e do concreto. A resistência à tração é concentrada nas nervuras, e os materiais de enchimento têm como função única substituir o concreto, sem colaborar na resistência.
Essas reduções propiciam uma economia de materiais, de mão-de-obra e de fôrmas, aumentando assim a viabilidade do sistema construtivo. Além disso, o emprego de lajes nervuradas simplifica a execução e permite a industrialização, com redução de perdas e aumento da produtividade, racionalizando a construção.


CARACTERÍSTICAS DAS LAJES NERVURADAS

Serão considerados os tipos de lajes nervuradas, a presença de capitéis e de vigas-
faixa e os materiais de enchimento. As lajes nervuradas podem ser moldadas no local ou podem ser executadas com nervuras pré-moldadas.

1. Laje moldada no local:
Todas as etapas de execução são realizadas "in loco". Portanto, é necessário o uso de fôrmas e de escoramentos, além do material de enchimento. Pode-se utilizar fôrmas para substituir os materiais inertes. Essas fôrmas já são encontradas em polipropileno ou em metal, com dimensões moduladas, sendo necessário utilizar desmoldantes iguais aos empregados nas lajes maciças.

2. Laje com molduras pré-moldadas:
Nessa alternativa, as nervuras são compostas de vigotas pré-moldadas, que dispensam o uso do tabuleiro da fôrma tradicional. Essas vigotas são capazes de suportar seu peso próprio e as ações de construção, necessitando apenas de cimbramentos intermediários. Além das vigotas, essas lajes são constituídas de elementos de enchimento, que são colocados sobre os elementos pré-moldados, e também de concreto moldado no local.

3. Lajes Nervuradas com Capitéis e Vigas-faixa:
Em regiões de apoio, tem-se uma concentração de tensões transversais, podendo ocorrer ruína por punção ou por cisalhamento. Por serem mais frágeis, esses tipos de ruína devem ser evitados, garantindo-se que a ruína, caso ocorra, seja por flexão. Além disso, de acordo com o esquema estático adotado, pode ser que apareçam esforços solicitantes elevados, que necessitem de uma estrutura mais robusta.

FONTE:http://engenhariacivilnanet.blogspot.com/

BLOCO C15 PARA LAJE NERVURADA

GRANDE, LEVE E RESISTENTE
A laje nervurada é indicada quando há necessidade de se vencer grandes vãos ou resistir a grandes sobrecargas, eliminando vigas e pilares. Mas, para isso, é preciso que se empregue entre as nervuras um material leve e de grandes dimensões, que facilite a montagem e a concretagem da laje. Os Blocos de Concreto Celular Autoclavado foram desenvolvidos para otimizar ao máximo a confecção de lajes nervuradas. Eles são resistentes, leves, fáceis de manusear, incombustíveis e ainda economizam aço e concreto. Reduzem o desperdício na obra e aumentam a produtividade dos operários.

DIMENSIONAMENTO

De acordo com a ABNT, as lajes nervuradas devem apresentar as seguintes características:
• A resistência da mesa à flexão deverá ser verificada sempre que a distância entre as nervuras for superior a 50 cm ou houver carga concentrada no painel entre as nervuras;

• As nervuras deverão ser sempre verificadas quanto ao cisalhamento. Como vigas, se a distância livre entre elas for superior a 50 cm e, como laje, em caso contrário;

• O apoio das lajes deverá ser feito ao longo de uma nervura;

• Nas lajes armadas numa só direção, serão necessárias nervuras transversais e sempre que houver cargas concentradas a distribuir ou quando o vão teórico for superior a 4 m. Exige-se duas nervuras, no mínimo, quando esse vão ultrapassar 6 m;

• Nas nervuras com espessuras inferiores a 8 cm, não é permitido colocar armadura de compressão no lado oposto à mesa.


VANTAGENS
Redução de Peso das Estruturas
Os Blocos de Concreto Celular Autoclavado possibilitam a execução de lajes com grandes vãos sem o emprego de vigas. Aumentam a rigidez das lajes, com a redução do número de nervuras e da lâmina média de concreto, reduzindo também o peso próprio da estrutura e das fundações.

Redução de Formas
Por serem facilmente serrados ou cortados, os Blocos de Concreto Celular Autoclavado são adaptáveis e de fácil manuseio. Facilitam a execução da armação, a concretagem e instalações. Eliminando o uso de vigas, reduzem o consumo de madeira para forma e escoramento.

Arquitetura
Ao eliminarem vigas e pilares na execução de lajes com grandes vãos livres, os Blocos de Concreto Celular Autoclavado propiciam maior liberdade na criação de projetos arquitetônicos.

Acabamentos
Os Blocos de Concreto Celular Autoclavado são maciços e podem receber diretamente o revestimento final, eliminando o uso de forros. Peças e acessórios podem ser fixados diretamente sobre os mesmos.


Resistência ao fogo
Os Blocos de Concreto Celular Autoclavado resistem até 2 vezes mais que materiais tradicionais e são muito usados na proteção contra incêndio.

Economia
Maior rapidez e produtividade na fase de montagem e concretagem. Maior facilidade no embutimento de tubulações. Melhor aproveitamento de material e otimização da mão-de-obra.


GRANDES VÃOS MERECEM UMA GRANDE SOLUÇÃO
As lajes nervuradas com blocos de Concreto Celular Autoclavado permitem o posicionamento da ferragem antes dos blocos, facilitando o serviço de armação e a conferência.

Os blocos de Concreto Celular Autoclavado são posicionados facilmente nos espaços definidos pela armação, não necessitando fixação adicional para a concretagem.

Por serem maciços e resistentes, os blocos de Concreto Celular Autoclavado permitem o tráfego de pessoas, carrinhos e ferramentas sobre os mesmos, bem como a abertura de sulcos para a passagem das instalações, sem comprometimento estrutural.


FONTE: http://www.racer.com.br/sical_015.htm

Apostila de Hidráulica Geral

Clic no link abaixo e faça download da Apostila de Hidráulica geral do CEFET – BA.

É apenas uma referência para estudos.

apostila-completa.pdf - Visualizza ebook PDF

Orientação para Download. Depois que entrar na página, clic em "Scarica PDF" para abrir o arquivo em PDF e salve em seu computador.

Fonte: http//www.professormarciogomes.files.worpress.com

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Abece lança recomendações para análise de concreto não conforme

Documento é válido para situações em que há controle por amostragem total, mapeamento do lançamento do concreto, para obras convencionais de edificação e para a verificação da segurança.
Publicação orienta profissionais sobre como analisar casos em que há dúvidas a respeito da conformidade do concreto
A Abece (Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural) acaba de lançar informe com uma série de recomendações para a análise de casos em que o concreto não possui a conformidade necessária, de acordo com os critérios da normalização brasileira. A publicação, disponível para download na página da entidade, tem como objetivo uniformizar a prática entre os projetistas estruturais de todo o Brasil.

De acordo com a entidade, o texto foi elaborado a partir de diversas solicitações de orientação de profissionais da área sobre como analisar casos nos quais há dúvida sobre a conformidade do concreto. A Abece coordena desde 2009 o Comitê Técnico sobre Conformidade do Concreto, que além de implementar ações para auxiliar o projetista de estruturas, também participa de comissões de revisões de normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) referentes ao assunto, dentre elas a NBR 7680 - Extração, Preparo e Ensaios de Testemunhos de Concreto e a NBR 7212 - Execução de Concreto Dosado em Central.

As recomendações são válidas somente para situações em que há controle por amostragem total, mapeamento do lançamento do concreto, para obras convencionais de edificação e para a verificação da segurança.

Além deste documento, a Abece ainda está preparando recomendações para as especificações de competência do projetista da estrutura, sem data prevista para divulgação.

: http//www.piniweb.com.br/construcao/tecnologia-materiais

Construção de bairro sobre o mar na Dinamarca começa neste ano

Para preservar o espaço verde de Copenhague, governo local optou por obras em extensão da região portuária da cidade

Com a falta de terrenos disponíveis e para preservar as áreas verdes da capital, a Dinamarca deve começar ainda neste ano a construção de um novo bairro sobre o mar na cidade de Copenhague. A área, construída sobre aterros em uma extensão de Nordhavnen, região portuária da cidade, deverá abrigar cerca de 40 mil habitantes, além de 40 mil postos de trabalho. Quando construído em sua totalidade, o local contará com edifícios que juntos somarão 4 milhões de metros quadrados de área útil. O projeto é resultado de uma competição de ideias concluída em 2009 para a expansão de Nordhavnen. A proposta, desenvolvida pelos escritórios Cobe e Sleth Modernism e os consultores Polyform e Rambøll, visa estabelecer novos padrões para a nova cidade-bairro, com o objetivo de minimizar as emissões de CO2 e o impacto das alterações climáticas de uma forma rentável. A nova área foi desenvolvida com base em seis temas principais: ilhotas e canais, identidade e história, cidade de cinco minutos, azul e verde da cidade, cidade CO2 amigável e grade inteligente. Primeiramente, o programa para a área é dividido em uma série de pequenas ilhas separadas por canais e bacias. O objetivo foi não só fazer com que as pessoas interajam com a água, como também permitir que o projeto da nova Nordhavnen seja construído em fases. Cada ilhota é uma unidade integral, que serve como um distrito local dentro da nova cidade-bairro. Cada uma dessas áreas possui características e qualidades específicas, mas todas as habitações serão misturadas com instalações comerciais, instituições públicas, comércios de serviços, espaços urbanos, praças, parques, cafés e restaurantes. Já a identidade e a história são lembradas pela prioridade dada ao transporte público e a bicicleta na cidade. A nova Nordhavnen será posteriormente ligada ao sistema de Metrô e as estradas de Copenhague, além do próprio porto já existente na região. A cidade de cinco minutos, por sua vez, é um conceito utilizado pelos arquitetos em referência ao tempo que se levará para andar 400 m, mesmo que de transporte público. A ambição é de que pelo menos um terço de todo o tráfego na área seja de ciclistas e pelo menos um terço de transportes públicos - os automóveis devem responder por não mais de um terço. O projeto ainda prevê a criação de um "laço verde" com os sistemas de transporte público (principalmente metrô elevado) em Nordhavnen. "Até dois terços de todas as pessoas entrando ou saindo do bairro no futuro irão se movimentar ao longo do ciclo verde, o resto vai atravessar Nordhavnen", dizem os autores no projeto. Instalações de educação, esporte, comércio e cultural estarão localizadas próximos ao laço verde para facilitar o acesso dos moradores. Para se tornar uma cidade CO2 amigável, como desejam os autores do projeto, os edifícios serão todos projetados para baixa demanda de energia em instalações eficientes. Serão aproveitas as oportunidades locais para a energia geotérmica, solar, eólica, bombas de calor, armazenamento térmico sazonal e biomassa marinha. Apesar da construção estar prevista ainda para este ano, o projeto da nova cidade de Nordhavnen ainda em desenvolvimento, de acordo com o interesse das empresas no local. "Em outras palavras, há um quadro, mas não um plano detalhado. O conceito permite que a estrutura urbana seja desenvolvida com base em demandas de mercado dentro de uma zona tampão flexível ao longo de vários anos, sem se desviar dos princípios de desenvolvimento sustentável", explicam os arquitetos.
O desenvolvimento de Nordhavnen é realizado pelo órgão CPH Cidade e Desenvolvimento Portuário, em colaboração com a prefeitura de Copenhague e um número de consultores. O custo da obra, ainda não estimado, será dividido entre o governo e as empresas que se instalarem na região. A previsão é que uma primeira parte fique pronta em 2025. Mas a conclusão do projeto deve acontecer somente em 2050.

Fonte: http//www.piniweb.com.br/construcao/infra-estrutura

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Concretos de alta resistência poderão ter durabilidade "milenar"

Concreto milenar

Na Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP, cientistas estão desenvolvendo concretos especiais e de alta resistência que podem ter durabilidade de até mil anos. "Isso não é apenas imaginação!", adverte o professor Jefferson Liborio, chefe do Laboratório de Materiais Avançados à Base de Cimento (LMABC), do Departamento de Engenharia de Estruturas da EESC. "Desde a década de 1980, quando começamos a estudar a integração da sílica (dióxido de silício) com o cimento Portland progredimos o suficiente para viabilizar um produto que dure realmente 'mil anos'", conta. O professor relata que há cerca de 20 anos já foi possível produzir na EESC um concreto com 50 megapascal (MPa) - valor que expressa resistência à compressão - com apenas 6 dias de idade. Segundo Liborio, naquela época (1985) somente se conseguia essa resistência na idade de 28 dias, após longo período de cura. "Atualmente já atingimos 55 MPa em apenas 4 horas", conta. E os progressos não param por aí. Otimista, Liborio relata que conseguiu produzir um concreto semelhante ao aço, em termos de resistência à compressão. "Temos concretos com 145 MPa em apenas 1 dia, e de 220 MPa em 3 dias. Podemos considerar que a fronteira de resistência para a construção de novos materiais foi atingida", comemora o professor, ressaltando que "já é possível pensar em alternativas ao aço."

Concreto à prova de balas

A partir do desenvolvimento de materiais em seu laboratório na EESC foram testados concretos capazes de absorver impactos como tiros de fuzil, por exemplo. Os testes foram feitos em paredes com 40 milímetros (mm) de espessura, com um fuzil calibre 0.762 à distância de 15 metros (15 tiros concentrados num alvo de 15 cm). "Esse tipo de arma é mais potente do que a explosão de uma granada ou de uma espingarda calibre 12", estima Liborio. Em outros tipos de testes, foram usadas furadeiras de impacto, com brocas de 3/8" de polegadas, de vídia. "O máximo que se atingiu foi apenas uma profundidade de 10 mm. quando a broca derrete", explica o pesquisador. Os concretos de alta resistência e durabilidade testados no LMABC comprovam diversas viabilidades de aplicação do produto. Liborio lembra que, antes de mais nada, os produtos são viáveis economicamente. "Em relação à segurança, podemos vislumbrar inúmeras aplicações, como construções específicas para proteção de valores ou até mesmo de pessoas", diz o professor. Ele lembra ainda que o material pode ser importante matéria-prima nas construções sob o oceano. "Nossos materiais apresentam alta resistência aos cloretos e aos sulfatos e possuem porosidade mais refinada em relação aos convencionais", garante o pesquisador. É possível utilizá-lo em diversos setores associados à segurança nacional.

Móveis de cimento

Devido à facilidade que os concretos apresentam em relação à sua espessura, Liborio destaca que vem realizando estudos junto ao Departamento de Arquitetura e Urbanismo da EESC na viabilização de construções de mobiliários e revestimentos, como mesas, armários, estantes, etc, em alternativa à madeira, granito e outros materiais. Os materiais poderiam ser aplicados também como mobiliários urbanos (banheiros públicos, ornamentação em praças, painéis, sinalizadores de trânsito, etc.). Uma outra aplicação são para monumentos urbanos e históricos. O professor ressalta que a norma NBR 6118-2003 (NB1), para projetos e execução de estruturas de concreto armado, apresenta possibilidades de utilização de concretos entre 20 MPa e 50 MPa com um mínimo 300 quilos de cimento. "Com a mesma quantidade de cimento (300 quilos), nossos alunos conseguem produzir concretos com 60 MPa", afirma Liborio. Na prática, além dos testes realizados em laboratórios, o professor lembra que há uma experiência feita numa obra industrial da cidade de São Carlos, onde foi construído um piso de 25 mil metros quadrados, quando se obteve resistência de até 100 MPa em 28 dias.

Fonte:www.inovacaotecnologica.com.br/noticias

Concreto com menos cimento reduz impacto ambiental

Concreto com menos cimento reduz impacto ambiental
Com informações da Agência USP - 16/05/2011

Concreto resistente e barato

A produção de concreto de alta resistência, com menor impacto ambiental e custo reduzido acaba de ser obtida em uma pesquisa desenvolvida na Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP."A pesquisa teve como objetivo buscar tecnologia que possibilitasse um concreto autoadensável, com baixo consumo de cimento Portland, e de alta resistência", conta Tobias Pereira, que desenvolveu o trabalho em conjunto com o professor Jefferson Libório.
Segundo ele, a fórmula - fcm = 65 MPa aos 28 dias - significa que o concreto pudesse, em 28 dias, suportar a compressão de 65 Mpa (megapascal - valor que expressa resistência à compressão) e, por fim, ainda viesse a ter alta durabilidade.

Resistência do concreto

Para a realização desta pesquisa, o engenheiro utilizou modelos teóricos e práticos de distribuição granulométrica dos tamanhos de partículas para a composição do concreto, além de um aditivo superplastificante composto por policarboxílicos, que permite que o concreto se torne mais fluido sem adicionar muita água, e de adições minerais correspondendo a 10% da massa de cimento Portland adicionado. Em geral, a recomendação de uso de altas quantidades de cimento Portland ocorre devido à necessidade de alta resistência do concreto, por exemplo, em pilares de edifícios altos ou em peças de sustentação em grandes vãos. Porém, altas quantidades de cimento aumentam o calor de hidratação, ocasionado pela reação química entre o cimento e a água. Este calor, quando liberado,atua aumentando a temperatura do concreto, que se expande e acaba por ter maior propensão a rachar, o que implica na diminuição da resistência mecânica e na possibilidade de penetração de água ou infiltração de umidade do meio ambiente.

Na produção de concreto, 90% do CO2 vem da fabricação do cimento Portland

Redução do impacto ambiental

O maior problema quanto ao uso do cimento Portland em altas porcentagens é que atribui à produção de concreto a característica de vilã ambiental, pois implica na produção de 90% de gás carbônico da indústria de concreto. O pesquisador explica que, "a intenção era produzir um concreto que utilizasse apenas 350 quilos por metro cúbico (kg/m³) do cimento Portland, bem menos do que os 500 Kg/m³ de um concreto tradicional. Mas os resultados encontrados foram até melhores, porque mais baixos, chegaram a apenas 325 kg/m³." Esta redução na quantidade de cimento sinaliza a possibilidade da diminuição da produção de cimento e, consequentemente, a diminuição de emissão de gás carbônico e menor impacto ambiental. Além do barateamento da produção de concreto".

Concreto com fibras e lã de rocha

A mais na composição, diferenciando-se de um concreto tradicional, foram utilizadas fibras de poliamida ou lã de rocha. Os resultados foram melhores do que os esperados, pois "em um concreto tradicional, em caso de incêndios, a água que permeia o concreto se expande em forma de gás e há a possibilidade de explosão. Porém, havendo a fibra de poliamida, esta derrete formando canalículos que acabam por auxiliar na liberação do vapor, diminuindo a possibilidade de explosão." afirma o pesquisador. Já ao se adicionar lã de rocha, a surpresa foi ainda maior porque "apesar de não contribuir para diminuir a possibilidade de explosão do concreto em situações de incêndio, observou-se que esse tipo de fibra contribui para aumentar a resistência à abrasão do concreto, ou seja, diminuir a possibilidade de erosão. Este resultado indica que concretos com esse tipo de fibra podem ser uma boa opção para aplicá-los em pavimentos", acrescenta o pesquisador.

Concreto autoadensável

Um dos processos durante a produção do concreto é denominado vibração, ela é essencial para a retirada de ar aprisionado da massa e também para tornar o concreto mais homogêneo ao preencher as fôrmas e envolver as armaduras. O engenheiro ressalta, no entanto, que o concreto obtido por meio do estudo "é autoadensável e não necessita ser vibrado para que tome forma, ele acaba por se moldar às formas com o próprio peso." A ausência da vibração elimina uma etapa da moldagem do concreto o que consequentemente gera redução do tempo de construção e do custo de fabricação.

Fonte: www.inovacaotecnologica.com.br/noticias

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Porcelana que iria para o lixo vira argamassa para construção civil

Raquel do Carmo Santos - Jornal da Unicamp - 22/12/2009


O engenheiro civil Marco Antonio Campos mostra os resultados de seus ensaios para reciclagem da porcelana de isoladores de eletricidade: economia de cimento no concreto. O Brasil produz 30 mil toneladas anuais de isoladores elétricos de porcelana de alta e baixa tensão para distribuição de energia - equipamento utilizado como isolante de eletricidade em postes de iluminação, usinas hidrelétricas e, até mesmo em residências. Deste montante, 75% são destinados às substituições das peças que perdem a sua função isolante. Isto significa que 22.500 toneladas de isolantes velhos são descartadas todos os anos.

Reciclagem do metal e da porcelana

Não há problemas com o corpo metálico do isolador, que é reaproveitado e reciclado. Mas a parte de porcelana é descartada de forma absolutamente inadequada - em terrenos baldios e beiras de estrada, por exemplo. Essa situação levou o engenheiro Marco Antonio Campos a realizar ensaios que permitiram adicionar o resíduo da porcelana que seria descartado na natureza em misturas que resultaram em novos tipos de concreto e argamassa. Os experimentos deram certo. Campos obteve um material vantajoso do ponto de vista de resistência e economia. O trabalho foi feito na Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo da Unicamp, orientado pela professora Ana Elisabete P. G. A. Jacintho.

Areia e brita recicladas

O processo de transformação é relativamente simples do ponto de vista metodológico. A moagem do resíduo da porcelana foi feita de forma a gerar tanto a areia grossa - ou agregado miúdo na linguagem técnica - e brita 1 ou agregado graúdo. Tanto a areia quanto a brita permitiram resultados com granulometria similar à utilizada tradicionalmente na construção civil. Por sinal, a areia feita de resíduo de porcelana foi o material que obteve melhor desempenho nos ensaios em laboratório. Já os testes de substituição foram etapas complexas, pois demandaram muitos dias de experimentos para estabelecer comparativos. O engenheiro testou a areia e a brita com substituições nas classes de 25%, 50%, 75% e 100% e fez os ensaios após três, sete e 28 dias. "Estas comparações entre os dias e porcentagens de material eram necessárias para conhecer o desempenho do material em várias formulações diferentes", esclarece Campos.

Testes de resistência e compressão

O ensaio de resistência mecânica de compressão simples compreende a medição da capacidade que o material tem de suportar a pressão.
Já o teste de absorção da água visa medir o quanto de água o concreto ou argamassa absorve, pois quanto menor a capacidade de água, menor o consumo de cimento na mistura. "Os resultados foram similares às misturas feitas com materiais tradicionais e, em alguns casos, foram até superiores. A única questão foi o endurecimento do concreto ocorrer de forma mais rápida. Mas, isso foi perfeitamente contornado com o acréscimo de aditivos", explica.

Menos cimento no concreto

Uma das vantagens econômicas também tem a ver com os testes de absorção da água. Os resultados apontaram que o material não absorve a água, o que significa a diminuição do consumo de cimento para produção do concreto. Ou seja, possibilita uma economia substancial de material para a composição. Segundo Campos, as análises demonstraram que a proposta é perfeitamente viável. Ele lembra que a porcelana branca - matéria-prima dos isoladores - são altamente resistentes devido às temperaturas elevadas a que é submetida - em geral, até dois mil graus.

Fonte: http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias

Cimento alternativo é desenvolvido na USP

Antonio Carlos Quinto - Agência USP - 07/10/2010


Na Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP, pesquisadores desenvolveram um cimento alternativo para ser utilizado na produção de fibrocimento. O produto poderá substituir em até 80% o cimento portland, que é usado na composição do fibrocimento, como aglomerante. Durante os testes, o fibrocimento alternativo mostrou maior durabilidade e menor custo, além de ser menos agressivo ao meio ambiente.

Cimento magnesiano

"O material não será produzido para utilização em fins estruturais, mas sim para elementos construtivos ou artefatos, como telhas e painéis de fechamento", avisa o engenheiro civil Carlos Gomes, responsável pelo desenvolvimento. A base do novo produto, segundo Gomes, são compostos de óxido de magnésio. "O cimento à base de óxido de magnésio, chamado de cimento magnesiano, começou a ser estudado por volta de 1867. Contudo, devido ao seu alto custo, a utilização ficava inviável", justifica o engenheiro. O óxido de magnésio é usado principalmente na produção de materiais refratários. Gomes adicionou algumas cargas minerais ao óxido de magnésio que acabaram por reduzir o custo. "Conseguimos então um produto que, na composição do fibrocimento, pode substituir por completo o cimento portland", garante o pesquisador. A característica menos agressiva ao meio ambiente fica por conta do processo de produção do cimento alternativo. Gomes conta que o produto é menos alcalino que o cimento tradicional. "Verificamos ser possível menores emissões de carbono durante a produção. Ao mesmo tempo, o produto consegue capturar mais carbono do meio ambiente", explica.

Vantagens do cimento alternativo

Os testes com o cimento alternativo revelaram vantagens no processo produtivo, com um menor tempo para produção. O material também é menos agressivo às fibras, devido à sua baixa alcalinidade e apresenta vantagens também quanto à durabilidade. Gomes conta que, nos testes realizados com fibrocimentos compostos por fibras de escória de alto-forno ou celulose, a degradação (envelhecimento acelerado) dos materiais foi superior aos 56 dias, um tempo padrão recomendado pelas normas. "Quando substituímos o portland pelo cimento alternativo, não observamos a degradação das fibras", conta o engenheiro, lembrando que os testes são realizados com a imersão do produto em água quente. Outra vantagem é em relação à "cura final", ou seja, quando o material atinge a secagem e ponto de resistência ideais. Segundo Gomes, enquanto o fibrocimento com cimento alternativo atinge o ponto ideal (cura) em cerca de 40 minutos, o produto feito com o cimento portland atinge sua cura somente em torno de 28 dias depois.
O engenheiro destaca que o cimento alternativo ainda passará por testes que serão realizados na própria EESC em protótipos de habitações populares.

fonte: http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Engenharia Civil é o curso mais concorrido no vestibular PUC

Engenharia Civil (turno noite) é o curso mais concorrido no Vestibular 2º semestre de 2011 da PUC Minas, com 13,20 candidatos por vaga. Pelo segundo semestre consecutivo o curso aparece no topo da lista dos mais disputados na PUC Minas. “É um sinal do crescimento econômico do País”, destacou a vice-reitora da PUC Minas e presidente da Comissão Permanente do Processo Seletivo, professora Patrícia Bernardes. Em segundo lugar, aparece a Engenharia Civil (turno manhã), com 10,74 candidatos por vaga. Em terceiro lugar, está o curso de Engenharia Mecânica (turno noite), com 10,47 candidatos por vaga. O destaque entre os cursos mais procurados é a Engenharia Química que, em seu segundo vestibular, já aparece na décima posição, com 4,69 candidatos por vaga.

FONTE: http://www.planetauniversitario.com

MEC autoriza abertura de cursos de engenharia em faculdades particulares

Foi divulgada, no Diário Oficial da União desta segunda-feira (04), a permissão do MEC, para a abertura de 2.700 vagas de graduação em engenharia, para universidades privadas. Segundo as portarias 204 e 205 do DOU, a prioridade das vagas é para o curso de engenharia civil. Só para os estados da Bahia, de Minas Gerais e do Espírito Santo a oferta de vagas chega a 500. De acordo com as pesquisas do MEC, o número de ingressantes em cursos de engenharia nas universidades privadas aumentou. Sendo as áreas de produção e construção civil, as mais procuradas.O setor de construção civil tem se destacado no país, como um dos principais geradores de emprego e renda. Novos cursos de engenharia poderão ser abertos pelo Ministério da Educação no decorrer deste ano.

FONTE: http://www.portaluniversidade.com.br/noticias-ler

A Engenharia Civil e o Brasil do Futuro

Contando com um povo trabalhador e criativo, mais de 40.000 quilômetros quadrados ( acredite, isso é muita terra !! ) e um litoral com 8 mil km de praias, o Brasil é quase que um paraíso para a Engenharia Civil. Quem tiver disposição, energia e dinheiro pra investir na Construção Civil no Brasil com certeza terá grandes lucros, pois aqui o potencial é simplesmente gigantesco !!
Para se ter uma idéia deste potencial, atualmente os especialistas em Engenharia Civil contabilizam que no Brasil há um Déficit Habitacional de 6 milhões de casas ou apartamentos.Em outras palavras, temos 6 milhões de famílias com dinheiro e disposição para financiar ou comprar um casa ou apartamento novo, mas não encontram uma boa oportunidade. Quem estiver disposto a construir, principalmente nas cidades do interior do país ( que são as que mais crescem ) não vai poder reclamar por falta de clientes ou compradores.
Como todos sabem o Brasil atualmente é um país de Classe Média, ou seja, a maioria das pessoas que vivem aqui atualmente está na classe média, acima da pobreza e abaixo da Classe Rica.
É justamente este mercado de Classe Média o mais atrativo e promissor para a Engenharia Civil.

Principais Mercados para a Engenharia Civil
Hoje em dia temos milhões de famílias de Classe Média procurando por uma habitação melhor, principalmente aquelas que há pouco tempo atrás estavam na Classe Pobre e melhoraram de vida. Essa famílias, estão ávidas por boas ofertas de apartamentos e casas, em especial apartamentos e casa de 1 ou 2 quartos. As famílias de Classe Média, com empregos estáveis e boas condições de financiamento ( hoje em dia no Brasil é possível pagar um financiamento imobiliário em até 30 anos !! ), são o maior mercado consumidor potencial para a Engenharia Civil no Brasil atual. Outro mercado muito bom, para a Engenharia Civil no Brasil, é o mercado da Classe Rica. Embora seja um mercado menor, hoje em dia também há muitos ricos procurando por imóveis de luxo, neste caso nas principais capitais.
A procura por apartamentos de luxo, em especial de cobertura, nas capitais do Brasil também é muito forte e nesse caso os negócios chegam à casa dos milhões. Segundo consultores de Engenharia Civil, um apartamento de luxo de nível médio, em um bairro bem localizado de São Paulo ou então na Zona Sul do Rio de Janeiro pode chegar a custar 4 ou 5 milhões para se ter uma idéia. A Classe Rica, hoje em dia mais consciente de seu papel, também valoriza muito projetos de Engenharia Civil que levam em conta a Construção Sustentável.


Construções sustentáveis são aquelas que geram pouca poluição e também preservam o meio-ambiente, economizando energia e materiais.
O terceiro mercado mais favorável da Engenharia Civil é o de Condomínios Fechados ou Condomínios Exclusivos. Localizados em geral ao redor das grandes cidades (onde os terrenos estão mais disponíveis e são mais baratos) esse tipo de imóvel é o foco da Classe Média Alta, que é aquela classe que ainda não é rica, mas já tem um bom dinheiro e busca por mais qualidade de vida. Os Condomínios Fechados, que podem ser de casas prontas ou então de terrenos, onde o comprador vai construir, é um grande nicho de mercado para quem quer investir em Engenharia Civil nas grandes cidades.
É uma boa oportunidade para quem quer investir em construção, mas não tem capital para comprar terrenos nas áreas centrais das metrópoles, áreas que por sinal, já estão superlotadas.

Fonte:http://www.guiadacarreira.com.br

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Usina Hidroelétrica de Itaipu





Gigantes da Engenharia - Três Gargantas







»Grand Canyon “Sky Walk”

Todos nós sabemos a cultura do povo americano e as suas excentricidades.Pois bem, no passado dia 28 de Março foi inaugurada uma grande obra de engenharia, que foi implantada e construída num local “sagrado” como é o Grand Canyon.Foi baptizada de “Sky walk“(caminho do céu), e é uma estrutura de vidro, em forma de ferradura, colocada a cerca de 1200 metros de altura em pleno Grand Canyon e estende-se 21 metros para fora do penhasco.
Podem ali aterrar 71 Boeing 747, soprar ventos de 161 quilómetros por hora e pode até acontecer um tremor de terra num raio de 80 quilómetros, que a nova ponte de vidro não cede.São de facto impressionantes estes números assim como será realmente deslumbrante toda amagnífica vista da envolvente deste local, que se poderá ver apartir do Sky Walk.Mas a obra não foi implantada pacificamente, apesar de ter sido feita com a permissão da tribo hualapai que ali vive, alguns membros discordam e assumem que esta obra é uma profanação de solo sagrado. Ambientalistas estão também preocupados com a poluição no local,que se prevê ter cerca de 500.000 visitantes neste ano…