sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Censo do Confea/CREA quer localizar a geração perdida de engenheiros

Até abril de 2012, o sistema Confea/CREA terá atualizado todos os dados dos engenheiros existentes no Brasil, independentemente das especialidades. Com o apoio do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o Conselho Federal de Engenharia iniciou dia 30 de setembro de 2011 o Censo dos Profissionais da Engenharia. As informações serão coletadas até 31 de dezembro deste ano e o objetivo principal é viabilizar soluções para os gargalos de mão de obra que afetam a área tecnológica no país.

O levantamento servirá para traçar políticas públicas e promover ações concretas de capacitação e reinserção dos profissionais não atuantes no mercado tecnológico. “Queremos descobrir quem está fora do mercado e quer voltar. Por isso, junto com a convocação para a participação dos profissionais, há no site do sistema Confea/CREA um link para a inclusão de currículos. O censo também terá esse viés: de realocar os profissionais onde eles estiverem faltando. Na verdade a gente quer conhecer o universo como um todo, ou seja, não inclui apenas engenheiros, mas arquitetos, agrônomos, técnicos e tecnólogos”, explica Neuza Maria Trauzzola , superintendente de planejamento, programas e projetos do Confea.

A ideia do censo surgiu quando se especulou importar engenheiros para o Brasil, a fim de suprir a demanda. O Confea/CREA, a fim de proteger o mercado para os profissionais brasileiros propôs o censo, que teve o apoio do MDIC e foi elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). “O interesse do censo não é somente para nós, do sistema CONFEA/CREA, mas para o desenvolvimento de políticas públicas junto ao MDIC e junto ao MEC também, para definir se hoje há cursos tecnológicos suficientes para atender o mercado”, diz Neuza Trauzzola.

O acesso ao questionário do censo está disponível nos sites do Confea/CREA (http://www.confea.org.br/) e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) (http://www.mdic.gov.br/). O Conselho Federal de Engenharia tem cadastrado quase um milhão de engenheiros, arquitetos, agrônomos, técnicos e tecnólogos, mas estima que o número esteja subestimado. “Em décadas passadas, sabemos que muitos profissionais, quando se formaram, ficaram sem exercer a profissão. Agora, com o aquecimento da economia, entendemos que muitos destes profissionais estariam dispostos a retornar ao mercado e realizar cursos de atualização. São estes profissionais desconhecidos que queremos encontrar”, afirma a superintendente de planejamento, programas e projetos do Confea/CREA.

Neuza Trauzzola admite que o censo terá um foco especial sobre a engenharia civil.”É evidente que a gente sempre olha mais a engenharia civil, por causa da parte de infraestrutura, como portos, aeroportos e rodovias, além da área habitacional, mas a demanda do país hoje é por todas as especialidades da engenharia . Na áreas técnicas, o aquecimento é geral”, finaliza.

Entrevistada
Neuza Maria Trauzzola, superintendente de planejamento, programas e projetos do Confea/CREA
Currículo


- Neuza Maria Trauzolla é graduada em engenharia civil pela Escola de Engenharia Mauá (1982) e em direito pela Uniceub (2010)
- Tem pós-graduação e especialização em engenharia de materiais pela Universidade Mackenzie (1997), além de especialização em comunicação publica pelo IESB (2008)
- Possui mestrado em arquitetura e urbanismo pela Universidade Mackenzie (2008)
- Atuou na CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo) na elaboração do Qualihab – o programa de qualidade da cadeia da construção habitacional paulista
- Foi vice-presidente do Instituto de Engenharia, em São Paulo
- Foi gerente de infraestrutura, superintendente de comunicação e marketing e gerente de relações Institucionais do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea)
- Foi presidente da Emurb (Empresa Municipal de Urbanização, assessora da Diretoria do Metrô de São Paulo)
- Atualmente ocupa o cargo de superintendente de planejamento, programas e projetos do Confea/CREA
Contato: super.pp@confea.org.br
Créditos foto: Divulgação
Jornalista responsável: Altair Santos – MTB 2330

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Brasil é o 5º maior em energias renováveis

Estudo da ONU mostra o avanço global das energias alternativas. O Brasil é o quinto maior investidor em energias renováveis do mundo, somando em 2010 cerca de US$ 7 bilhões. Os dados foram publicados pela ONU ontem e mostram que, pela primeira vez na história, investimentos mundiais em inovação tecnológica em energias alternativas superaram os investimentos em tecnologia para a energia fóssil. O levantamento mostra ainda que parte substancial da expansão dessas fontes de energia está ocorrendo justamente em mercados emergentes. No total, os investimentos em energias limpas chegaram a US$ 211 bilhões, um salto importante em relação aos últimos anos. Em 2004, por exemplo, o mundo investia apenas US$ 33 bilhões. Em média, a expansão tem sido de quase 40%, enquanto a crise mundial tem freado investimentos em todas as demais áreas. Segundo a ONU, o investimento em fontes alternativas de energia será a única solução para responder ao desafio de abastecer uma população cada vez maior, com demandas cada vez maiores por energia e, ao mesmo tempo, reduzir as emissões de CO2. "Hoje, 1,4 bilhão de pessoas ainda não têm acesso à eletricidade e os cálculos mostram que o mundo terá de dobrar a produção de energia até 2030", alertou Supachai Panitchpakdi, secretário-geral da Conferência da ONU para o Comércio e Desenvolvimento. "Ao mesmo tempo, 89% da energia consumida no mundo ainda vem de fontes fósseis, com altas emissões de CO2."

Por anos, investimentos em energias renováveis foram feitos especialmente por países ricos. Em 2003, por exemplo, de cada quatro dólares aplicados em energia limpa, apenas um vinha de um país em desenvolvimento. Hoje, o mapa mudou. Na liderança dos investimentos não estão os países ricos. Em 2010, foi a China o país que mais apostou em energias renováveis, justamente para tentar superar sua
dependência de petróleo, reduzir a taxa de emissão de CO2 e garantir o abastecimento para seu crescimento nas próximas duas décadas. No ano passado, os chineses somaram investimentos de US$ 49 bilhões.

A taxa superou o volume de investimentos da Alemanha, com US$ 41,1 bilhões. Berlim havia sido o líder nessa área por anos. "Agora, o que estamos vendo é a migração de empresas alemãs de tecnologia para a China, onde o governo investe pesado na nova geração de fontes de energia", disse Panitchpakdi ao Estado. Os EUA aparecem na terceira posição, seguido pelos italianos.
A quinta posição é do Brasil, que somou altos investimentos por causa da aposta em biocombustíveis. Mas a ONU destaca que os US$ 7 bilhões não foram atingidos apenas em um setor. Segundo o levantamento, o País tem feito "importantes investimentos" em parques eólicos e energia solar. No total, o mundo viu investimentos em etanol no valor de US$ 6 bilhões em 2010, incluindo projetos nos EUA, Brasil, Índia e vários outros países.

Liderança 
Hoje, o Brasil investe duas vezes mais em energias renováveis do que todos os 53 países africanos juntos. Entre 2005 e 2010, a capacidade instalada de geração de energia renovável no Brasil aumentou em 42%, uma das mais altas do mundo. Hoje, a energia eólica no País produz 950 MW. Apesar de o número ser apenas uma fração dos 86 mil MW gerados na Europa, o estudo mostra que a aposta do Brasil tem sido acertada. Desde 2007, a energia eólica foi a que mais recebeu a atenção de investidores. Só em 2010, US$ 95 bilhões no mundo foram para essa fonte de energia. A segunda maior aposta é a energia solar, com US$ 26 bilhões. "O sol gera para o mundo volume de energia dez vezes superior a cada dia ao consumo do planeta", disse ao Estado o Prêmio Nobel de Física, Carlo Rubbia. "Não há como ignorar essa fonte de energia no futuro."

Fonte.: O Estado de São Paulo

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Engenharia não é uma ciência exata

 Aqui está o mais puro exemplo de como temos, muitas vezes, de nos adaptar a atitudes tomadas no passado:
  A bitola das ferrovias (distância entre os dois trilhos) nos Estados Unidos é de 4 pés e 8,5 polegadas.   Por que esse número "mágico" foi utilizado?   Porque era esta a bitola das ferrovias inglesas e como as americanas foram construídas pelos ingleses, esta foi a medida utilizada. Por que os ingleses usavam esta medida? Porque as empresas inglesas que construíam os vagões eram as mesmas que construíam as carroças, antes das ferrovias, e se utilizavam dos mesmos ferramentais das carroças.   Por que das medidas (4 pés e 8,5 polegadas) para as carroças? Porque a distância entre as rodas das carroças deveria servir para as estradas antigas da Europa, que tinham esta medida.   E por que tinham esta medida?   Porque essas estradas foram abertas pelo antigo Império Romano, quando de suas conquistas, e tinham as medidas baseadas nas antigas bigas romanas.   E por que as medidas das bigas foram definidas assim?   Porque foram feitas para acomodar dois traseiros de cavalos!   E, finalmente.  O ônibus espacial americano, o Space Shuttle, utiliza dois tanques de combustível sólido (SRB - Solid Rocket Booster) que são fabricados pela Thiokol, em Utah. Os engenheiros que os projetaram queriam fazê-lo mais largo, porém, tinham a limitação dos túneis das ferrovias por onde eles seriam transportados, os quais tinham suas medidas baseadas na bitola da linha.

Conclusão:
O exemplo mais avançado da engenharia mundial em design e tecnologia
acaba sendo afetado pelo tamanho da bunda do cavalo da Roma antiga.

domingo, 20 de novembro de 2011

Para leitura e meditação


Há algum tempo atrás o governo da China inaugurou a ponte da baía de Jiaodhou, que liga o porto de Qingdao à ilha de Huangdao. Construído em quatro anos, o colosso sobre o mar tem 42 quilômetros de extensão e custou o equivalente a R$2,4 bilhões. Há uma semana, o DNIT escolheu o projeto da nova ponte do Guaíba, em Ponte Alegre , uma das mais vistosas promessas da candidata Dilma Rousseff. Confiado ao Ministério dos Transportes, o colosso sobre o rio deverá ficar pronto em quatro anos. Com 2,9 quilômetros de extensão, vai engolir R$ 1,16 bilhões. Intrigado, o matemático gaúcho Gilberto Flach resolveu estabelecer algumas comparações entre a ponte do Guaíba e a chinesa. Na edição desta segunda-feira, o jornal Zero Hora publicou o espantoso confronto númerico resumido no quadro abaixo:
Os números informam que, se o Guaíba ficasse na China, a obra seria concluída em 102 dias, ao preço de R$ 170 milhões. Se a baía de Jiadhou ficasse no Brasil, a ponte não teria prazo para terminar e seria calculada em trilhões. Como o Ministério dos Transportes está arrendado ao PR, financiado por ropinas, barganhas e permutas ilegais, o País do Carnaval abrigaria o partido mais rico do mundo. Corruptos existem nos dois países, mas só o Brasil institucionalizou a impunidade. Se tentasse fazer na China uma ponte como a do Guaíba, Alfredo Nascimento daria graças aos deuses se o castigo se limitasse à demissão.

Dia 19/07/11, o Tribunal chinês sentenciou a execução de dois prefeitos que estavam envolvidos em desvio de verba pública.  (Adotada esta prática no Brasil, teríamos que eleger um Congresso por ano)

Vamos fazer esta mensagem chegar a todos os brasileiros.

Fonte.: o jornal Zero Hora

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Confira 10 pontes surpreendentes pelo mundo

As pontes podem não se restringir apenas à função prática de ajudar a travessia entre dois lados de um rio ou de um braço de mar. Muitas vezes, elas acabam se tornando cartões-postais e até símbolos de grandes cidades. Outras vezes, impressionam por sua beleza, seu tamanho ou pela tecnologia necessária para a sua construção. Segue abaixo fez uma seleção de algumas das pontes mais bonitas, famosas, fotografadas e surpreendentes mundo afora.


Viaduto de Millau, FrançaNo sul da França, uma das maiores maravilhas da engenharia moderna foi inaugurada no final de 2004. O Viaduto de Millau é a ponte mais alta do mundo, com seus 343 m de altura. A ponte suspensa atravessa o vale do rio Tarn e tem 2.460 m de extensão.


Golden Gate, São Francisco
A ponte Golden Gate, que liga a cidade com a península de San Francisco é um dos maiores emblemas da cidade de São Francisco, na Califórnia. A ponte suspensa tem mais de 2.700 m de comprimento, com duas torres que se erguem a 227 m de altura sobre as águas da baía. Tanto as torres quanto a cor vermelha da ponte são elementos inseparáveis desse cartão-postal de São Francisco.


Ponte de Bósforo, Istambul
Construída entre 1970 e 1973, a Ponte de Bósforo liga a parte europeia à asiática de Istambul, maior cidade da Turquia. A ponte, que passa sobre as águas do estreito de Bósforo, tem 1.510 m de comprimento e 64 m de altura. À noite, é iluminada por luzes coloridas, criando uma bela cena noturna com a cidade ao fundo.


Ponte do Brooklyn, Nova YorkPrimeira ponte suspensa de aço do mundo, inaugurada em 1823, a ponte do Brooklyn une Manhattan e o bairro do Brooklyn, em Nova York. Atravessada diariamente por milhares de automobilistas, ciclistas e pedestres, tem 1.800 m de comprimento e alcança a altura de 37 m sobre East River.


Ponte da Baía de Hangzhou, ChinaNo leste da China, a ponte da Baía de Hangzhou liga Xangai à cidade de Ningbo por um trajeto de 36 km, o que a torna uma das maiores pontes marítimas do planeta. Começou a ser construída em 2003 e foi concluída em 2008, reduzindo pela metade a duração do percurso.


Ponte 25 de Abril, LisboaInaugurada em 1966, a Ponte 25 de Abril (conhecida na época como Ponte Salazar) liga Lisboa à cidade de Almada, atravessando o Rio Tejo em um comprimento de mais de 2.200 m. Pela ponte, muito parecida com a ponte Golden Gate de São Francisco, transitam carros e também trens.


Ponte Octávio Frias de Oliveira, São PauloMais conhecida como Ponte Estaiada, foi inaugurada em 2008 em São Paulo e, rapidamente, tornou-se um dos maiores cartões-postais da cidade. Atravessa o rio Pinheiros, tem comprimento de 1.600 m e altura de 138 m.


Tower Bridge, LondresConhecida como "a ponte da torre", é uma ponte basculante no coração de Londres, sobre o rio Tâmisa. Foi inaugurada em 1894 e levou oito anos para ser construída. Trata-se de uma das mais belas e famosas do mundo, com uma arquitetura surpreendente: tem duas grandes torres, uma passarela e a construção que se abre para deixar passar barcos pelo rio.


Ponte Alexandre III, ParisParis tem muitas belas pontes sobre o rio Sena. Mas nenhuma delas é tão bonita quanto a ponte Alexandre III, que une a esplanada dos Invalides com o Grand Palais. Inaugurada em 1900, a ponte metálica de 40 m é toda decorada por estátuas. Uma curiosidade: embaixo dela, há uma balada muito frequentada pelos habitantes de Paris

Ponte da Mulher, Buenos AiresProjetada pelo famoso arquiteto espanhol Santiago Calatrava, a Ponte da Mulher tem design surpreendente no coração do bairro de Puerto Madero, em Buenos Aires. A ponte é giratória, se move para deixar passar os barcos que passam pelo porto de Buenos Aires e tem uma "agulha" que segura os cabos que mantêm a estrutura.

Total de calouros de engenharia no Brasil cresce 83% em 2010

Senhores
"Vejam que o mercado será concorrido, a qualidade dos formados fará a diferença nas contratações. Outra informação é que, neste ano,  o curso de engenharia é o mais concorrido na Fuvest (USP e outras) ultrapassando medicina."

Geraldo Junqueira


Reportagem.:
Por.: FÁBIO TAKAHASHI - DE SÃO PAULO 
Onúmero de novos alunos de engenharia quase dobrou no ano passado no país, masas faculdades ainda não conseguem atender à demanda do mercado aquecido com ocrescimento econômico. Asconclusões estão no levantamento do Observatório de Educação em Engenharia,grupo de pesquisa ligado à Universidade Federal de Juiz de Fora (MG). A base éo Censo da Educação Superior do Ministério da Educação, divulgado nesta semana. Apesquisa aponta que o número de ingressantes nos cursos de engenharia cresceu83% em 2010 em relação a 2009. Considerandotodas as carreiras presenciais no ensino superior, a elevação foi de 5%,segundo tabulação da Folha. Medicina e administração subiram 1%, e direito, 7%. Oaumento de calouros em engenharia ocorreu basicamente via vagas ociosas e foipuxado pelas áreas de produção e construção civil.  Segundoo pesquisador Vanderli Fava de Oliveira, um dos responsáveis pelo estudo, oaumento é devido às constantes notícias de carência de engenheiros no país. Oliveiraressalta que o número de formandos ainda é baixo, considerando a demanda daindústria. Em 2010, foram 41 mil concluintes. "ACNI [Confederação Nacional da Indústria] afirma que são necessários 70 milnovos engenheiros em 2011. Vamos ter de continuar a importarprofissionais", afirmou Oliveira, também diretor da Associação Brasileirade Ensino de Engenharia. Segundoos últimos dados, cerca de 25% dos formandos da área fizeram cursos reprovadosna avaliação federal.

MAIS CRESCIMENTO
Osecretário de Ensino Superior do MEC, Luiz Cláudio Costa, disse que ocrescimento na área decorre, em parte, da expansão de vagas públicas feita pelogoverno. "Mas precisamos crescer mais." Orepresentante do governo Dilma afirmou que o ministério finaliza estudo paraidentificar as regiões e as áreas da engenharia prioritárias, considerando osinvestimentos e as demandas previstas para os próximos anos. "Emquatro ou cinco anos nossos números [de formados] estarão em patamares bemmelhores", disse o diretor da Escola Politécnica da USP, José RobertoCardoso.

 

Como serão as casas em 2015?

Conduzido nos Estados Unidos, estudo levantou o que profissionais da construção civil esperam da próxima geração de casas americanas.  Uma pesquisa conduzida ao longo do ano passado nos Estados Unidos pela Associação Nacional de Construtores (National Association of Home Builders) revelou o que pensam os profissionais do setor da construção civil, entre arquitetos e designers, sobre como serão as casas nos EUA em 2015 e aponta que a crise no setor impactou não apenas a venda de imóveis hoje, mas a estrutura daqueles que ainda estão por serem construídos no futuro próximo.  Bom, a primeira tendência identificada       pelo estudo não é exatamente uma surpresa: as casas vão diminuir de tamanho. Para fins de exatidão, a pesquisa aponta que os imóveis serão 10% menores que as casas construídas no primeiro semestre de 2010, com metragem de, no máximo, 200 metros quadrados. O motivo? Tudo indica que os consumidores estão decididos a baixarem os custos de manutenção de um  imóvel. Outra razão, de acordo com a pesquisa, é que, até 2020, 29% dos americanos estarão na faixa etária acima dos 55 anos, aumentando a demanda por casas menores. Metragem mais enxuta exige o melhor proveitamento possível dos cômodos. Prova disso é que suítes suntuosas, garagens majestrais e salas de visitas palacescas definitivamente não “cabem” mais na casa de 2015. Espaços generosos e bem divididos dão lugar a um grande cômodo, integrado e que reúna cozinha, sala de estar e sala de       televisão. A suíte principal, ao invés de isolada, será construída no térreo, mas com espaço suficiente para um bom closet. Quando ao número de carros a serem armazenados na garagem, a aposta é que não sejam mais que dois para uso da família. Se sustentabilidade já é importante para a construção civil dos dias de hoje, o melhor é exercitar a mentalidade eco-friendly, pois, de acordo com a pesquisa as casas vão ficar ainda mais verdes. Um dos itens que não vão faltar na casa dos próximos anos é a janela com vidro do tipo low-e (de baixa emissividade e que oferece mais conforto térmico interno). Além disso, todas as casas vão contar com o  selo Energy Star, padrão que comprova, e aprova, a eficiência energética de utensílios e produtos e que podem contribuir para uma redução na emissão de gases que causam o efeito estufa.

Fonte:       http://exame.abril.com.br

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

LINHAS DE INFLUÊNCIA

Apostila de Linhas de Influencia.

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Usina híbrida de energia limpa é inaugurada na Alemanha

Energia híbrida
A empresa Enertrag, da Alemanha, inaugurou a primeira estação geradora de energia híbrida.
A estação reúne todas as principais formas de energia alternativaatualmente sendo pesquisadas no mundo todo. Isso inclui energia eólica, energia solar e hidrogênio, além de um sistema de armazenamento para evitar as oscilações típicas dessas fontes, mantendo o nível de fornecimento para os consumidores 24 horas por dia. O objetivo é que a energia gerada nos momentos de ventos bons seja armazenada na forma de hidrogênio, que tanto pode ser consumido diretamente em células a combustível de veículos elétricos, como ser usado para gerar eletricidade para abastecer a rede elétrica comum.

Eletricidade e calor
A usina híbrida, que já está conectada à rede de distribuição, possui três turbinas eólicas de 2 MW, uma planta de biogás de 1 MW e um eletrolisador capaz de gerar 500 kW de hidrogênio (120 metros cúbicos por hora). Dois compressores se responsabilizam por comprimir até 60 metros cúbicos por hora de hidrogênio a uma pressão de 435 psi em cinco tanques, com uma capacidade total de 1.350 kg de hidrogênio. Tanto o hidrogênio quando o biogás são usados para alimentar uma planta combinada para geração de calor e energia, com capacidade de 350 kW-elétricos e 340 kW-termais.
Localizada nas proximidades do aeroporto de Berlim, a usina híbrida, de fontes totalmente alternativas e renováveis, custou US$30 milhões.


Fonte.: Site Inovação Tecnológica - 31/10/2011

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Suécia tem cidade sem lixo

Em Borás, na Suécia, a maior parte dos resíduos sólidos gerados pela população de cerca de 64 mil habitantes é reciclada, tratada biologicamente ou transformada em energia (biogás), que abastece a maioria das casas, estabelecimentos comerciais e a frota de 59 ônibus que integram o sistema de transporte público da cidade.
Em função disso, o descarte de lixo no município sueco é quase nulo, e seu sistema de produção de biogás se tornou um dos mais avançados da Europa.
"Produzimos 3 milhões de metros cúbicos de biogás a partir de resíduos sólidos. Para atender à demanda por energia, pesquisamos resíduos que possam ser incinerados e importamos lixo de outros países para alimentar o gaseificador", disse o professor de biotecnologia da Universidade de Borás, Mohammad Taherzadeh.
Taherzadeh falou durante o encontro acadêmico internacional Resíduos sólidos urbanos e seus impactos socioambientais, realizado em São Paulo.
Promovido pela Universidade de São Paulo (USP) em parceria com a Universidade de Borás, o evento reuniu pesquisadores das duas universidades e especialistas na área para discutir desafios e soluções para a gestão dos resíduos sólidos urbanos, com destaque para a experiência da cidade sueca nesse sentido.
Gestão de resíduos sólidos
De acordo com Taherzadeh, o modelo de gestão de resíduos sólidos adotado pela cidade, que integra comunidade, governo, universidade e instituições de pesquisa, começou a ser implementado a partir de meados de 1995 e ganhou maior impulso em 2002 com o estabelecimento de uma legislação que baniu a existência de aterros sanitários nos países da União Europeia.
Para atender à legislação, a cidade implantou um sistema de coleta seletiva de lixo em que os moradores separam os resíduos em diferentes categorias e os descartam em coletores espalhados em diversos pontos na cidade.
Dos pontos de coleta, os resíduos seguem para uma usina onde são separados por um processo óptico e encaminhados para reciclagem, compostagem ou incineração.
"Começamos o projeto em escala pequena, que talvez possa ser replicada em regiões metropolitanas como a de São Paulo. Outras metrópoles mundiais, como Berlim e Estocolmo, obtiveram sucesso na eliminação de aterros sanitários. O Brasil poderia aprender com a experiência europeia para desenvolver seu próprio modelo de gestão de resíduos", afirmou Taherzadeh.
Plano de Gestão de Resíduos Sólidos brasileiro
Em dezembro de 2010, foi regulamentado o Plano de Gestão de Resíduos Sólidos brasileiro, que estabelece a meta de erradicar os aterros sanitários no país até 2015 e tipifica a gestão inadequada de resíduos sólidos como crime ambiental.
Com a promulgação da lei, os especialistas presentes no evento esperam que o Brasil dê um salto em questões como a compostagem e a coleta seletiva do lixo, ainda muito incipiente no país.
De acordo com a última Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apenas 18% dos 5.565 municípios brasileiros têm programas de coleta seletiva de lixo. Mas não se sabe exatamente o percentual da coleta seletiva de lixo em cada um desses municípios.
"Acredito que a coleta seletiva de lixo nesses municípios não atinja 3% porque, em muitos casos, são programas pontuais realizados em escolas ou pontos de entrega voluntária, que não funcionam efetivamente e que são interrompidos quando há mudanças no governo municipal", avaliou Gina Rizpah Besen, que defendeu uma tese de doutorado sobre esse tema na Faculdade de Saúde Publica da USP em fevereiro.
Coleta seletiva e reciclagem
Na região metropolitana de São Paulo, que é responsável por mais de 50% do total de resíduos sólidos gerados no estado e por quase 10% do lixo produzido no país, estima-se que o percentual de coleta seletiva e reciclagem do lixo seja de apenas 1,1%.
"É um absurdo que a cidade mais importante e rica do Brasil tenha um percentual de coleta seletiva de lixo e reciclagem tão ínfimo. Isso se deve a um modelo de gestão baseado na ideia de tratar os resíduos como mercadoria, como um campo de produção de negócios, em que o mais importante é que as empresas que trabalham com lixo ganhem dinheiro. Se tiver reciclagem, terá menos lixo e menor será o lucro das empresas", disse Raquel Rolnik, professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP.
Nesse sentido, para Raquel, que é relatora da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre direitos humanos de moradia adequada, a questão do tratamento dos resíduos sólidos urbanos no Brasil não é de natureza tecnológica ou financeira, mas uma questão de opção política.
"Nós teríamos, claramente, condições de realizar a reciclagem e reaproveitamento do lixo, mas não estamos fazendo isso por incapacidade técnica ou de gestão e sim por uma opção política que prefere tratar o lixo como uma fonte de negócios", afirmou.
Produtos verdes
A pesquisadora também chamou a atenção para o fato de que, apesar de estar claro que não será possível viver, em escala global, com uma quantidade de produtos tão gigantesca como a que a humanidade está consumindo atualmente, as políticas de gestão de resíduos sólidos no Brasil não tratam da redução do consumo.
"O modelo de redução da pobreza adotado pelo Brasil hoje é por meio da expansão da capacidade de consumo, ou seja: integrar a população ao mercado para que elas possam cada vez mais comprar objetos. E como esses objetos serão tratados depois de descartados não é visto como um problema, mas como um campo de geração de negócios", disse.
Na avaliação de Raquel, os chamados produtos verdes ou reciclados, que surgiram como alternativas à redução da produção de resíduos, agravaram a situação na medida que se tornaram novas categorias de produtos que se somam às outras. "São mais produtos para ir para o lixo", disse.
Gaseificadores
Uma das alternativas tecnológicas para diminuir o volume de resíduos sólidos urbanos apresentada pelos participantes do evento foi a incineração em gaseificadores para transformá-los em energia, como é feito em Borás.
No Brasil, a tecnologia sofre resistência porque as primeiras plantas de incineração instaladas em estados como de São Paulo apresentaram problemas, entre os quais a produção de compostos perigosos como as dioxinas, além de gases de efeito estufa.
Entretanto, de acordo com José Goldemberg, professor do Instituto de Eletrotécnica e Energia da USP, grande parte desses problemas técnicos já foi resolvida.
"Até então, não se sabia tratar e manipular o material orgânico dos resíduos sólidos para transformá-lo em combustível fóssil. Mas, hoje, essa tecnologia já está bem desenvolvida e poderia ser utilizada para transformar a matéria orgânica do lixo brasileiro, que é maior do que em outros países, em energia renovável e alternativa ao petróleo", destacou.
Fonte.: http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=suecia-cidade-sem-lixo

domingo, 30 de outubro de 2011

domingo, 23 de outubro de 2011

Concreto Protendido - Visão Geral

Definição de protensão


A protensão pode ser definida como o artifício de introduzir, numa estrutura, um estado prévio de tensões, de modo a melhorar sua resistência ou seu comportamento, sob ação de diversas solicitações.

 

Protensão aplicada ao concreto

O artifício de protensão tem uma importância particular no caso do concreto, pelas seguintes razões:
  • O concreto é um dos materiais de construção mais importantes. Os ingredientes necessários à confecção do concreto (cimento, areia, pedra e água) são disponíveis a baixo custo em todas as regiões habitadas da Terra.
  • O concreto tem boa resistência à compressão. Resistências da ordem de 200Kgf/cm2 (20MPa) a 500Kgf/cm2 (50MPa) são utilizadas nas obras.
  • O concreto tem pequena resistência à tração, da ordem de 10% de resistência à compressão. Além de pequena, a resistência à tração do concreto é pouco confiável. De fato, quando o concreto não é bem executado, a retração do mesmo pode provocar fissuras, que eliminam a resistência à tração do concreto, antes mesmo de atuar qualquer solicitação. Devido a essa natureza aleatória da resistência a tração do concreto, ela é geralmente desprezada nos cálculos.
Sendo o concreto um material de propriedades tão diferentes a compressão e a tração, o seu comportamento pode ser melhorado aplicando-se compressão prévia (isto é, protensão) nas regiões onde as solicitações produzem tensões de tração.
A utilização de aços de elevada resistência, como armaduras de concreto armado, fica limitada pela fissuração do concreto. De fato, como os diferentes tipos de aço têm aproximadamente o mesmo módulo de elasticidade, o emprego de aços com tensões de tração elevadas implica grande alongamento dos mesmos, o que, por sua vez, ocasiona fissuras muito abertas. A abertura exagerada das fissuras reduz a proteção das armaduras contra corrosão, e é indesejável esteticamente.
O artifício da protensão, aplicado ao concreto, consiste em introduzir na viga esforços prévios que reduzam ou anulem as tensões de tração no concreto sob ação das solicitações em serviço. Nessas condições minimiza-se a importância da fissuração como condição determinante de dimensionamento da viga.
A protensão do concreto é realizada, na prática, por meio de cabos de aço de alta resistência, tracionados e ancorados no próprio concreto. O artifício da protensão desloca a faixa de trabalho do concreto para o âmbito das compressões, onde o material é mais eficiente. Com a protensão, aplicam-se tensões de compressão nas partes da seção tracionadas pelas solicitações dos carregamentos. Desse modo, pela manipulação das tensões internas, pode-se obter a contribuição da da área da seção da viga para a inércia da mesma.
Sob ação de cargas, uma viga protendida sofre flexão, alterando-se as tensões de compressão aplicadas previamente. Quando a carga é retirada, a viga volta à sua posição original e as tensões prévias são restabelecidas.
Se as tensões de tração provocadas pelas cargas forem inferiores às tensões prévias de compressão, a seção continuará comprimida, não sofrendo fissuração.
Sob ação de cargas mais elevadas, as tensões de tração ultrapassam as tensões prévias, de modo que o concreto fica tracionado e fissura. Retirando-se a carga, a protensão provoca o fechamento das fissuras.

 

Sentido econômico de concreto protendido

As resistências de concreto, utilizadas em concreto protendido, são duas a três vezes maiores que as utilizadas em concreto armado. Os aços utilizados nos cabos de protensão têm resistência três a cinco vezes superiores às dos aços usuais do concreto armado.
O sentido econômico do concreto protendido consiste no fato de que os aumentos percentuais de preço são muito inferiores aos acréscimos de resistência utilizáveis, tanto para o concreto como para o aço de protensão.

 

Vantagens técnicas do concreto protendido

Em relação ao concreto armado, o concreto protendido apresenta as seguintes vantagens:
  • Reduz as tensões de tração provocadas pela flexão e pelos esforços cortantes.
  • Reduz a incidência de fissuras.
  • Reduz as quantidades necessárias de concreto e de aço, devido ao emprego eficiente de materiais de maior resistência.
  • Permite vencer vãos maiores que o concreto armado convencional; para o mesmo vão, permite reduzir a altura necessária da viga.
  • Facilita o emprego generalizado de pré-moldagem, uma vez que a protensão elimina a fissuração durante o transporte das peças.
  • Durante a operação de protensão, o concreto e o aço são submetidos a tensões em geral superiores às que poderão ocorrer na viga sujeita às cargas de serviço. A operação de protensão constituído, neste caso, uma espécie de prova de carga da viga.
Uma das vantagens mais importantes do concreto protendido é a da alínea d acima. Para ilustrá-la pode-se criar o fato de que as pontes com vigas retas de concreto armado têm seu vão livre limitado a 30m ou 40m, enquanto as pontes com vigas protendidas já atingiram vãos de 250m.
Fonte.: Walter Pfeil, Concreto Protendido - vol 1, Livros Técnicos e científicos editora Ltda

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Lista de Execìcios.

Clique no link abaixo para baixar a Lista de Exercícios de
Hidráulica Geral.
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Clique no link abaixo para baixar a Lista de Exercícios de
Geotecnia.
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Clique no link abaixo para baixar a Lista de Exercícios de
Materiais de Construção Civil.
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Clique no link abaixo para baixar a Lista de Exercícios de
Teoria das Estruturas I.
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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Apostilas de Hidráulica Geral

Segue abaixo, os links para baixar as apostilas de Hidraulica Geral, apostila de estudo utilizadas em sala e a listagem dos exercícios para resolver e entregar ao professor.

Capitulos 1 e 2 - Hidrostática
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Capitulos 3 - Hidrodinamica
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Capitulos 4 - Escoamento condutos forcados
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Capitulos  - Orificios, Bocais e Vertedores
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Exercícios  Propostos -

Capitulo 2 Hidrostática (E2.1 / E2.8 / E 2.10 / E 2.15)

Capítulo 3 Hidrodinâmica (E3.1 / E3.3 / E 3.4)

Capítulo de Orifícios/bocais e vertedours (1 / 3 / 4 e 5)

Capitulo 5 (E5.1 / E5.4 / E5.6 / E5.10 / E5.11 / E5.17 / E5.19 / E5.22 / E5.24)


Manual de Hidraulica.pdf
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quarta-feira, 27 de julho de 2011

Ponte do Fundão

Novo cartão postal do Rio de Janeiro ancora 15 estais em pilone único e é financiado com recursos oriundos de multas da Petrobras convertidas em repasses de verba

A ponte foi projetada pelo arquiteto Alexandre Chan, da PCE Projetos e Consultoria de Engenharia, o mesmo que projetou a ponte sobre o lago Paranoá, no Distrito Federal, considerada em termos técnicos não uma ponte estaiada, mas uma ponte de arcos com cabos, embora também possua estais. A luminotécnica ficou a cargo de Peter Gasper − iluminador nascido na Alemanha que fincou carreira no Brasil projetando as luzes de obras grandiosas como o Sambódramo (RJ), a Catedral de Brasília, a Praça dos Três Poderes (DF), o Museu de Arte Contemporânea de Niterói (RJ), todas obras de Oscar Niemeyer, a barragem de Itaipu e a recente iluminação do Cristo Redentor (RJ). O cálculo estrutural foi feito pela V. Garambone Engenharia e a obra está sendo executada pela Construtora Queiroz Galvão.

A ponte possui pilone único, construído em concreto armado, que ancora 15 estais metálicos em plano central único, dispostos em formato leque-harpa e apoiando tabuleiro em progressão longitudinal de caixas de concreto armado visando à construção por balanços sucessivos, contrabalançados por três pares de estais traseiros em dois planos. A opção pela ponte estaiada e pelo apoio único se deu pelas condições do solo, que tem partes aterradas nas duas margens, sendo o solo do continente desprovido de terreno seco disponível. A solução foi localizar o apoio único na Ilha do Fundão.

Moldagem do pilone único, projetado por Alexandre Chan, exigiu uso de fôrmas trepantes
As obras da ponte começaram em julho de 2010 e têm previsão de término em outubro de 2011. Na segunda semana de junho, o quarto estai foi colocado, faltando 11 para a conclusão da obra. De dez em dez dias um estai é colocado. "O sistema estaiado tem caído no gosto não só pela beleza, mas porque permite a construção progressiva das lajes, o que facilita a construção", opina o arquiteto Alexandre Chan.

A altura do pilone único é de 95,5 m a partir do bloco de fundação até o mastro do para-raios e sinalização de navegação aérea. Seu formato é compacto, evitando as soluções em A ou Y invertido, retratando os esforços estruturais principais provenientes dos estais. A área do bloco principal de fundação é de 360 m². Não há pilares de apoio nas águas do canal, opção feita em nome do meio ambiente e da proteção dos manguezais existentes na região.

O tabuleiro básico da ponte é formado por duas pistas separadas pelo plano único de estais, de mesmo sentido de trânsito, e largura livre de 4,5 m cada. Segundo Chan, as pistas são maiores do que as tradicionais, de cerca de 3,5 m de largura, para dar mais conforto aos motoristas. Não há passeios para pedestres ou vias para bicicletas. O tabuleiro é construído em concreto armado aparente, em lajes modulares em formato usual de caixas para serem montadas em balanços sucessivos, com perfil ascendente da ilha para o continente.

O vão de travessia do canal sustentado por estais é de 172 m. O comprimento total da ponte é de 780 m. A área total da obra, incluindo a rótula de acesso, é de 11.550 m². Há 70 estacas em blocos de fundação no pilone e 27 estacas em cada um dos dois blocos traseiros.

O percurso da ponte começa em uma rótula que conjuga a avenida Pedro Calmon e outras vias internas da Ilha do Fundão, prossegue em mão única permitindo troca de faixa até o interior da ponte, onde não há opção para troca de faixa. Esta condição é recuperada após o último estai, já no continente. Deste ponto, as duas faixas prosseguem em curva até sua conversão em uma única em acomodação com a Linha Vermelha, sentido Centro da cidade e zona Sul.
Mapa mostra ligação do Sul da Cidade Universitária, pela avenida Pedro Calmon, à Linha Vermelha, na direção do Centro da cidade
O curto percurso e a busca da simplificação no projeto estrutural levaram à opção pela bifurcação da pista junto ao pilone, diminuindo a velocidade de acesso e obrigando à escolha prévia das faixas, sem opção de desvio no interior da ponte, dividida pelo plano de estais.

A altura livre mínima para navegação, no início da ponte, é de 9,9 m, o que permite a passagem de embarcações de pequeno porte. Segundo o arquiteto, não houve exigências quanto à altura para navegação, por isso o desenho do tabuleiro é quase reto.

A opção pelo concreto armado foi um diálogo entre o arquiteto e a construtora. Embora o arquiteto preferisse o aço, o concreto foi escolhido para facilitar a execução da obra e o cumprimento dos prazos. O aço só seria essencial no caso de uma estrutura muito pesada − o que não é o caso de uma ponte de apenas duas faixas e sem passagem de pedestres − ou se houvesse estruturas muito finas, como um pilone mais fino. O cimento utilizado é em cor clara e não será pintado.

Para a construção das pistas, foi feita uma modulação do terreno na região do pilone. Em cima disso, será feito um paisagismo com palmeiras imperiais, arbustos e flores brancas. Na avenida e nos canteiros não haverá projeto de iluminação, que ficará restrita ao vão estaiado.

O paisagismo também é um projeto de Alexandre Chan. Além das áreas de acesso à ponte, o projeto inclui o paisagismo das duas áreas onde serão despejados o material contaminado resultante da dragagem. As áreas com paisagismos não são prioritariamente destinadas a passeio. Haverá espaço para caminhadas, mas não para bicicletas, por exemplo, porque o terreno com o material contaminado não suporta. Por isso também não haverá iluminação nos jardins.

No projeto paisagístico, há também um repuxo de 20 m de altura, que já está pronto, situado no canal, próximo à ponte. Ambos, na opinião do arquiteto, são o símbolo da revitalização ambiental da Ilha do Fundão. "O repuxo, por exemplo, faz parte do projeto paisagístico e é um símbolo do projeto, já que as águas estão mais purificadas. Podemos ver uma água do próprio canal, saindo pelo repuxo, agora com aspecto muito mais limpo", diz.


FONTE: http://www.infraestruturaurbana.com.br

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Três operários morrem após queda de barranco em Brasília

Três operários que trabalhavam em uma obra no Hospital Universitário de Brasília (HUB), localizada na Superquadra 405 da Asa Norte, morreram soterrados após a queda de barranco próximo ao local. Os operários trabalhavam em uma galeria de esgoto a seis metros de profundidade do solo.

Segundo os bombeiros, a equipe agora realiza um trabalho de escoramento, a fim de garantir que não ocorram novos deslizamentos durante a retirada dos corpos. De acordo com a assessoria do hospital, o acidente aconteceu enquanto os homens mexiam na tubulação em um buraco, por volta das 11 horas. Pelo menos seis funcionários trabalhavam na obra.

O Corpo de Bombeiros identificou como soterrados os operários Raimundo José da Silva, 24 anos, Lorival Leite de Moraes e Nelson Rodrigues, 34 anos. Os familiares das vítimas foram ao local, onde foram atendidos por dois psicólogos, um psiquatra e um assistente social. Segundo o major Mario Sergio de Oliveira, da comunicação do Corpo de Bombeiros, o primeiro corpo resgatado estava, aparentemente, sem os equipamentos de segurança adequados, mas isso deverá ser confirmado por perícia técnica.

Segundo informações da Polícia Militar, o acidente ocorreu às 11h15 e há suspeita de que outros três homens possam estar sob os escombros. O local seria um novo prédio para atender o setor de pediatria do HUB, onde funcionará o Instituto da Criança e do Adolescente (ICA). A obra começou há cinco anos e foi retomada há cinco meses, segundo o vice-reitor.

Quarenta profissionais, dez viaturas do Corpo de Bombeiros, além de veículos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), foram deslocadas para atender as vítimas. Segundo o Corpo de Bombeiros, neste ano, sem considerar o evento de hoje, já foram contados seis acidentes em obras em Brasília, que resultaram em cinco mortes.

Denúncias de irregularidades

Segundo João Barbosa, primeiro-secretário do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil do Distrito Federal, a obra tem várias irregularidades e denúncias já foram feitas.

Barbosa diz que várias irregularidades foram apresentadas formalmente ao Ministério do Trabalho em maio e junho.

FONTE: http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil

terça-feira, 19 de julho de 2011

Edificando um futuro melhor

Construtoras investem para o mundo não pagar caro depois. Setor quer se livrar da pecha de poluidor com medidas inteligentes, como economia de energia, de água e reciclagem de resíduos


No dia 5 de Junho, foi celebrado o Dia Mundial do Meio Ambiente. Uma das maiores preocupações do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) é a redução de resíduos da construção civil, considerada um dos maiores poluidores do planeta. Muitas empresas já trabalham com programas que minimizam ao máximo os impactos sobre a natureza, economizando água, energia e reciclando todos os materiais possíveis.

Esses programas têm como objetivo principal planejar, gerenciar e executar ações que minimizem os resíduos gerados durante todas as etapas do processo de construção. É a gestão do meio ambiente, aliada com a preservação ambiental, a responsabilidade social e o compromisso em atender às leis que regem o setor.

A EBM Incorporações participa de comitês que tratam de diversos assuntos relacionados à preservação ambiental. “Falamos sobre destinação correta dos resíduos e tentamos enviá-los limpos para o aterro. As caçambas são separadas por classe. As maiores preocupações são com resíduos classe A. São restos de tijolo, demolição, cerâmica e sacos de papel que acabam sendo aproveitados prioritariamente em aterros. As madeiras, por exemplo, são reutilizadas na própria construção”, afirma Karla Almeida, coordenadora de Segurança, Meio ambiente e Saúde da EBM.

Os resíduos de madeira produzidos pelos empreendimentos geridos pela incorporadora não aproveitados nas obras são direcionados a parceiros cadastrados que reutilizam esse material florestal na alimentação de caldeiras em indústrias. Todo o ciclo da madeira é auditado desde a entrada do insumo na empresa até sua saída como resíduo. Com o sistema de cadeia de custódia, a empresa pode rastrear o produto comprado desde o plantio, passando pelo transporte até seu descarte final.

A classificação dos resíduos de obra e o descarte de caliça e entulho nas caçambas são feitos de acordo com as normas dos órgãos ambientais (Ministério do Meio Ambiente e Ibama), atendendo, ainda, à normativa de referência Conama 307/2002. Todos os transportadores de resíduos são devidamente licenciados nos órgãos de competência e atendem às diretrizes dos órgãos locais e da própria EBM.

Outra empresa preocupada com a questão ambiental é a PaulOOctavio Investimentos Imobiliários. Há mais de 15 anos a empresa iniciou a produção de blocos de concreto, uma opção para evitar a falta do componente e reutilizar as sobras de cimento e argamassa no canteiro de obras. Hoje a empresa fabrica mais de 15 mil unidades de tijolos garantidos pela certificação ISO 9001.

Soluções de sustentabilidade
A Caenge Ambiental, especializada em serviços de engenharia, prioriza a adoção de soluções de sustentabilidade nos projetos de que participa. No DF a empresa executa um projeto-piloto nos canteiros utilizando um sistema de reciclagem móvel de entulho. O objetivo é desenvolver um modelo de gerenciamento socioambiental de resíduos da construção e demolição. São feitos a triagem e o beneficiamento desses resíduos e a sua reinserção no ciclo produtivo.

A ideia é que, no futuro, o projeto possa representar uma experiência concreta para estimular e potencializar os resultados da política de gestão de resíduos da construção civil a ser adotada pelo GDF. Assim, foi criada a Planta Móvel de Triagem (PMT), equipamento desenvolvido a partir da montagem de uma esteira transportadora em um trailer móvel. Permite separar os resíduos recicláveis classificados como classe A. São considerados desta categoria resíduos de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras obras de infraestrutura e edificações.


FONTE: http://comunidade.maiscomunidade.com

Processo Construtivo de Pontes por Deslocamentos Sucessivos

O método de construção de pontes por deslocamentos sucessivos é utilizado na construção de tabuleiros de pontes de betão de médio vão (ordem dos 35 a 45 metros), e apesar de ter sido pouco aplicado em Portugal, é, a nível europeu, dos mais competitivos. A grande maioria das pontes rodoviárias e ferroviárias, no domínio de vãos referido, é executada por este método. A sua utilização tem sido fundamentalmente restringida, por limitações do próprio método, às pontes de directriz recta ou raio de curvatura constante em planta e a tabuleiros de altura constante. No entanto têm ocorrido aplicações deste método em pontes de betão com singularidades muito específicas. No domínio das pontes de betão, a utilização do método dos deslocamentos sucessivos encontra a sua maior desvantagem no sobre-consumo de aço em pré-esforço e eventualmente em armaduras ordinárias, devido à variação de esforços a que uma mesma secção fica sujeita durante o processo de ripagem longitudinal. A relação custo de materiais/custo de mão de obra, é o factor mais importante para a pouca utilização do método, até hoje, em Portugal.
Quando o método dos deslocamentos sucessivos é usado, as vantagens da pré-fabricação e moldagem do botão in-situ são combinadas. A área de fabricação é fixa e muitas vezes coberta de modo a tomá-la independente do tempo, e as distâncias de transporte são muito curtas. Esta concentração de equipamento permite quase as condições existentes em fábrica na fabricação do betão, obtendo-se deste modo um betão de alta qualidade.
A área de fabricação inclui o equipamento de cofragem do tabuleiro, a central de mistura do betão, uma grua montada sobre carris, áreas de armazenamento do aço corrente e de pré-esforço e o equipamento de empurrão. Se os tendões de pré-esforço São realizados in-situ, o espaço para a sua montagem é também necessário. O equipamento de empurrão no encontro e os apoios temporários nos pilares e na área de fabricação, devem ser acessíveis para as operações de empurrão. Para secções transversais da estrutura em caixão, a construção é levada a cabo em duas fases: na parte de trás da área de fabricação a laje inferior é betonada, enquanto as almas e a laje do tabuleiro são betonadas na parte da frente. Consequentemente existem duas unidades de cofragem. A cofragem de trás, onde a precisão é de especial importância de tal modo que a superfície de deslizamento deve estar limpa e a direcção de lançamento cuidadosamente mantida, consiste na parte inferior da cofragem e em formas laterais cada uma com cerca de 0.5 m de altura. Deve ser possível baixar essas formas, de modo a eliminar atrito adicional durante a fase de empurrão. A laje inferior em cada caso é betonada no ciclo precedente, de tal modo que na segunda fase pode suportar a cofragem interior e parte do peso do betão da laje do tabuleiro. A cofragem interior é desmontável e móvel, podendo ser reinstalada com um mínimo de custos após cada ciclo. As duas formas exteriores da parte da frente, estão fixas e podem ser baixadas hidraulicamente.
Quando o método dos deslocamentos sucessivos é usado, as vantagens da pré-fabricação e moldagem do botão in-situ são combinadas. A área de fabricação é fixa e muitas vezes coberta de modo a tomá-la independente do tempo, e as distâncias de transporte são muito curtas. Esta concentração de equipamento permite quase as condições existentes em fábrica na fabricação do betão, obtendo-se deste modo um betão de alta qualidade. A área de fabricação inclui o equipamento de cofragem do tabuleiro, a central de mistura do betão, uma grua montada sobre carris, áreas de armazenamento do aço corrente e de pré-esforço e o equipamento de empurrão. Se os tendões de pré-esforço São realizados in-situ, o espaço para a sua montagem é também necessário. O equipamento de empurrão no encontro e os apoios temporários nos pilares e na área de fabricação, devem ser acessíveis para as operações de empurrão. Para secções transversais da estrutura em caixão, a construção é levada a cabo em duas fases: na parte de trás da área de fabricação a laje inferior é betonada, enquanto as almas e a laje do tabuleiro são betonadas na parte da frente. Consequentemente existem duas unidades de cofragem. A cofragem de trás, onde a precisão é de especial importância de tal modo que a superfície de deslizamento deve estar limpa e a direcção de lançamento cuidadosamente mantida, consiste na parte inferior da cofragem e em formas laterais cada uma com cerca de 0.5 m de altura. Deve ser possível baixar essas formas, de modo a eliminar atrito adicional durante a fase de empurrão. A laje inferior em cada caso é betonada no ciclo precedente, de tal modo que na segunda fase pode suportar a cofragem interior e parte do peso do betão da laje do tabuleiro. A cofragem interior é desmontável e móvel, podendo ser reinstalada com um mínimo de custos após cada ciclo. As duas formas exteriores da parte da frente, estão fixas e podem ser baixadas hidraulicamente.

A construção da super-estrutura usando uma secção em duplo T, necessita naturalmente de uma única cofragem, na qual ambas as cofragens interna e externa estão em posição fixa e podem ser rebaixadas hidraulicamente para fora e para dentro respectivamente. Toda a cofragem é de aço se o número de ciclos for suficientemente alto (cerca de 25), caso contrário poderá ser, por exemplo, de madeira revestida a plástico. Uma vantagem particular do método dos deslocamentos sucessivos é que as suas operações separadas ocorrem em ciclos regulares, de tal modo que mesmo com uma equipa relativamente inexperiente é possível obter um resultado de alta qualidade e com boas performances. Através de um treino de equipa (geralmente constituída por 15 pessoas) e como resultado do alto grau de mecanização uma alta taxa de progresso pode ser esperada.
No método dos deslocamentos sucessivos o ritmo de trabalho está orientado para a construção de uma unidade por semana.
O comprimento de um incremento depende também das considerações de projecto e custo. Do ponto de vista do projecto é desejável que as juntas de construção se situem nas secções de baixa tensão, isto é, próximo dos pontos de momento nulo. Isto significa contudo, que os diafragmas sobre os pilares sejam instalados mais tarde. Se se pretende evitar que tal ocorra, a subdivisão das unidades deve ser feita de tal modo que cada diafragma esteja localizado na frente do elemento a ser betonado, não esquecendo no entanto, que estas juntas deverão estar localizadas nas Secções transversais menos esforçadas.
Para usar o efeito de repetição com a máxima vantagem, um número inteiro de incrementos deve completar um vão, o comprimento de uma unidade é finalmente influenciado também pelo custo, uma vez que os custos totais de cofragem e empurrão devem ser mínimos.
A satisfação de todas estas condições resulta muitas vezes num comprimento de cada unidade igual a meio vão; dependendo do tamanho da secção transversal e do comprimento do vão, pode ser necessário escolher um incremento menor que este (por exemplo 1/3 ou 1/4 do vão).
No caso normal, o comprimento de um incremento vai de 15 a 25 m.

Autor: Francisco José Pires Morgado Bernardo

FONTE:http://www.engenhariacivil.com/processo-construtivo-pontes-deslocamentos-sucessivos

Encurvadura da Estrutura de um Edifício

A verificação da segurança das estruturas em relação ao estado limite último de encurvadura, deve ser efectuado tendo em consideração as não linearidades físicas e geométricas do comportamento da estrutura, sendo no entanto possível adoptar critérios simplificados no caso de estruturas de edifícios correntes.
O objectivo da análise da estrutura de um edifício, é o de lhe assegurar funcionalidade sob condições normais e segurança em relação à ruína sob condições extremas. Neste propósito, o estudo da estrutura pode ser feito através da determinação dos esforços resultantes das acções actuantes, num sistema indeformado, correspondendo esta análise ao que se designa por teoria de 1ª ordem. Na tendência actual, do emprego de betão e aços de alta resistência e ainda de uma maior efectiva utilização destes materiais, é possível estabelecer concepções estruturais de betão armado mais esbeltas, para as quais, pequenos incrementos de carga, podem induzir grandes incrementos de deformação. Assim, nestas estruturas é necessário efectuar o cálculo dos esforços, tendo em consideração os efeitos da própria deformação da estrutura, isto é, estabelecer uma análise através da teoria de 2ª ordem.
Nas estruturas de betão armado, os métodos clássicos de análise de estabilidade, estabelecidos pela teoria de 2ª ordem para materiais com comportamento elástico perfeito, obedecendo assim à lei de Hooke, não podem ser utilizados, sem que lhes sejam feitas importantes modificações. Devem nestas estruturas, ser considerados os efeitos relativos ao comportamento real dos materiais constituintes do betão armado, sendo então necessário estabelecer um modelo que traduza:
A não linearidade geométrica ­ efeitos de 2ª ordem;
A não linearidade material, devendo-se de uma forma geral considerar os efeitos da fluência do betão, fendilhação, retracção e deformações plásticas.
A análise de 2ª ordem em regime elástico perfeito, através da inclusão da matriz geométrica global do sistema, permite obter a configuração de equilíbrio por um processo iterativo. Esta análise é integrada no carregamento progressivo da estrutura, efectuando-se a redefinição das características de rigidez dos elementos para cada situação de carga e com estas, repetida a análise elástica de 2ª ordem. Estes modelos revelam no entanto custos elevados em aplicações práticas de projecto, devido ao grande número de variáveis que envolvem e ao elevado volume de operações que efectuam, tornando-se assim conveniente utilizar métodos aproximados que permitam efectuar a análise da instabilidade em estruturas de edifícios correntes.
Nas estruturas de edifícios correntes o problema pode ser reduzido à verificação da segurança em relação à encurvadura dos pilares analisados isoladamente, desde que não seja previsível a instabilidade de conjunto. Nesta análise, é fundamental a classificação da estrutura quanto ao grau de mobilidade dos nós, porquanto neste processo simplificado, os efeitos de 2ª ordem são quantificados em função do comprimento efectivo de encurvadura de cada pilar, sendo este definido pela distância entre pontos de inflexão da deformada da estrutura na situação de instabilidade. A configuração desta deformada depende naturalmente do grau de mobilidade dos nós da estrutura.
A partir da classificação das estruturas quanto à mobilidade dos seus nós, é possível adoptar critérios simplificados para a determinação do comprimento efectivo de encurvadura dos pilares nas situações correntes. Estes critérios, estabelecidos a partir de uma configuração típica da deformada na situação de instabilidade, permitem efectuar a verificação da segurança em relação à encurvadura, pela análise isolada dos pilares da estrutura.
A classificação de uma estrutura quanto ao seu grau de mobilidade, estruturas de nós fixos ou estruturas de nós móveis, é fundamental na análise de encurvadura de um edifício. Esta classificação, permitindo tipificar a configuração da deformada da estrutura na situação de instabilidade, possibilita a adopção de critérios simplificados na quantificação dos efeitos de 2ª ordem. De facto, diversa regulamentação europeia estabelece estes critérios distintamente para estruturas de nós fixos e estruturas de nós móveis.

Autor: Nelson Saraiva Vila Pouca
Excerto Adaptado
Imagens: World Housing, Dallas State University.

FONTE: http://www.engenhariacivil.com/encurvadura-estrutura-edificio